Saiu na Imprensa

Brasil: o único com cenário positivo

Brasil é o único País com cenário positivo, mas sua pontuação recuou pelo quarto mês consecutivo

São Paulo. O Brasil está chegando cada vez mais próximo de um ciclo de desaceleração, mas permanece como a única entre as principais economias mundiais que continua com um cenário positivo, de acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

Relatório mensal da entidade que reúne 30 das nações mais ricas aponta que o cenário da economia mundial se agravou em novembro, com a crise se aprofundando em praticamente todos os países.

Segundo a entidade, os dados daquele mês ´apontam para profundas desacelerações nas sete principais economias [EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Itália] e em alguns dos países que não integram a OCDE, especialmente China, Índia e Rússia´.

Como ocorre desde setembro (quando a crise mundial se agravou, após a concordata do banco Lehman Brothers), o Brasil é o único país com cenário positivo, mas sua pontuação recuou pelo quarto mês consecutivo. Em novembro de 2008, o escore da economia brasileira marcava 101,2 pontos — 1,1 ponto menos que no mês anterior e 2,9 pontos menos que em julho.

Para a OCDE, uma pontuação inferior a 100 aponta para um cenário negativo. Como a queda brasileira vem ganhando ritmo, é possível que já nos dados de dezembro, que serão divulgados no mês que vem, a OCDE diga que o país entrou em um ciclo de desaceleração.

Atualmente, o organismo considera que o Brasil tem um cenário de inflexão, ou seja, continua a crescer, mas a curva aponta para uma perda de ritmo. Desde junho de 2006, a economia brasileira está em um ciclo positivo.

As demais 33 economias analisadas estão em desaceleração, com exceção do México, que está em um ciclo de recuperação (a pontuação é inferior a 100 pontos, mas está crescendo). Em novembro de 2007, só três países tinham cenários negativos. A OCDE considera que não só países como EUA, China e Alemanha estão em forte desaceleração mas também que a região formada pelos 29 países que compõem a entidade também vive o mesmo cenário.

Para chegar a essa previsão, a OCDE usou os chamados indicadores antecedentes, que são vários dados dos países aglutinados para ´tentar indicar momentos de mudanças na atividade econômica com aproximadamente seis meses de antecedência´.