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Saiu na Imprensa

  18/12/2008 

Governo reduz exigências para bancos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) resolveu incentivar os bancos maiores a aumentar a capacidade de empréstimo em R$ 100 bilhões. Com isso, o CMN pretende garantir uma oferta de crédito maior

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou uma mudança em relação a créditos tributários para permitir que os maiores bancos do País possam aumentar a sua capacidade de empréstimos em pelo menos R$ 100 bilhões. As duas mudanças alteram o patrimônio de referência dos bancos e possibilitam que eles atuem com mais "alavancagem", ou seja, assumindo mais riscos.

O CMN decidiu que o "crédito tributário oriundo de diferenças temporárias" não será mais deduzido do patrimônio de referência dos bancos. O crédito é um direito que o banco tem de restituição pelo tributo pago antecipadamente. A regra não vale para créditos decorrentes de prejuízos fiscais, considerados de "pior qualidade".

Além disso, a diretoria do Banco Central aprovou uma circular reduzindo o Fator de Ponderação de Risco (FPR) desses créditos tributários de 300% para 100%. A redução do fator de ponderação de risco promove uma redução do patrimônio de referência de R$ 8,932 bilhões para os dez maiores bancos (dados de junho de 2008). Também será reduzido de 40% para 10%, até 2011, o limite do patrimônio de referência para tais ativos. Essa segunda medida geraria uma redução na exigência de capital de R$ 2,225 bilhões.

Juntos esses dois valores permitem aos bancos emprestar R$ 101,4 bilhões, considerando dados dessas instituições em junho de 2008.

Os bancos pequenos terão R$ 5,4 bilhões a mais para utilizarem em operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O CMN também aprovou a liberação de recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para essas instituições. O FGC (Fundo Garantidor de Crédito), criado no final de 1995, tem como objetivo garantir o depósito dos clientes de todos os bancos brasileiros em caso de quebra de uma dessas instituições.

O CMN aumentou de 20% para 50% o percentual fixado no estatuto do FGC que pode ser destinado a operações de socorro aos bancos, por meio de compra de créditos futuros. A medida deve beneficiar cerca de 90 instituições com patrimônio líquido de até R$ 2,5 bilhões. A operação terá limite de 50% desse patrimônio.

Outra mudança é que o dinheiro poderá ser usado para comprar carteiras que ainda não existem. O dinheiro do fundo já podia ser destinado para a compra de carteiras de crédito existentes nos bancos pequenos. O FGC irá comprar essas carteiras no futuro e revendê-la para bancos maiores. (da Folhapress)


MEDIDAS APROVADAS

TJLP
- Foi mantida em 6,25% ao para o período de primeiro de janeiro a 31 de março de 2009

FUNDO
- Mudança no estatuto do Fundo Garantidor de Crédito fará com que ele atue para fomentar o crédito garantindo recursos para os bancos pequenos e médios continuarem emprestando. Para isso, poderá usar até 50% do seu patrimônio para comprar os créditos que as instituições com patrimônio de até R$ 2,5 bilhões irão gerar nos próximos anos

CRÉDITOS
- O BC mudou a forma como os créditos tributários são contabilizados no patrimônio dos bancos e, com isso, aumentou em R$ 88 bilhões o volume de operações de crédito que podem ser realizadas pelos bancos já em 2009

- Até 2011, essa alavancagem adicional passará de R$ 100 bilhões. A medida favorece o Banco do Brasil que já estava operando próximo do seu limite

TURISMO
- As 248 agências de turismo que operam com câmbio, mas ainda não estão enquadradas na nova regulamentação de maio deste ano, terão prazo até o final do ano que vem para se vincularem a um banco ou se transformarem instituição financeira
- Antes o prazo era maio de 2009

ACC E ACE
- A Caixa Econômica Federal, que operava de forma limitada no mercado de câmbio, teve autorização para fazer todas as operações, o que inclui o financiamento ao comércio exterior com as chamadas operações de ACC e ACE

CÂMBIO
- O importador estrangeiro de produtos brasileiros poderá comprar diretamente reais no seu banco lá fora e remetê-lo ao Brasil

- A operação evita que ele tenha que fazer um contrato de câmbio para enviar o pagamento em dólares e, na seqüência, o exportador no Brasil faça outro contrato para converter os dólares em reais. Segundo o BC, a medida reduz o custo das operações e não tem impacto no mercado de câmbio

CENTRAL DE RISCO
- Instituições não financeiras ligadas a bancos e conglomerados financeiros terão suas operações consolidadas na central de risco de informação de crédito

- Além disso, o BC oficializou que os bancos devem cumprir determinações do Código de Defesa do Consumidor, como comunicar previamente aos clientes que as informações sobre suas operações estão liberadas para consulta na central.
 
 

 
 
 
 

Fonte: Jornal O Povo
Última atualização: 18/12/2008 às 15:01:00
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