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Saiu na Imprensa

  08/12/2008 

Crise impedirá criação de 1 milhão de empregos

Não haverá postos suficientes para absorver cerca de 2,5 milhões de novos trabalhadores que irão ingressar no mercado

São Paulo. A desaceleração da economia brasileira fará com que deixem de ser criados 1 milhão de empregos no próximo ano, segundo José Pastore, professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo. Com isso, não haverá postos suficientes para absorver cerca de 2,5 milhões de novos trabalhadores que irão ingressar no mercado em 2009. ‘‘A taxa de desemprego pode subir 1,5 ponto, em relação ao que esteve em outubro, chegando a 9% no fim do ano’’, disse o professor José Pastore.

O Ministério do Trabalho prevê que, este ano, serão criados 2,5 milhões de postos, como resultado de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2% ou 5,3%. ‘‘Numa conta rápida, são cerca de 500 mil postos de trabalho para cada 1 ponto de crescimento econômico’’, disse o professor. ‘‘Se reduzir de 5% para 3%, vai haver uma redução drástica de postos de trabalho. As pessoas que entrarão no mercado de trabalho vão se somar ao estoque de desempregados que já existe em 2008’’.

Seriam criados, no ano que vem, perto de 1,5 milhão de postos de trabalho, para 2,5 milhões de novos trabalhadores. ‘‘Esse número de 500 mil trabalhadores por ponto porcentual de crescimento até um pouco liberal’’, explicou Pastore. ‘‘As últimas pesquisas estão mostrando que, com a entrada da tecnologia, cada um ponto de crescimento está gerando mais ou menos 400 mil. A tecnologia entrou para ficar. Então, no ano que vem, o problema pode ser um pouco mais sério, com 3% de crescimento’’.

O professor destacou que o crescimento do desemprego acaba por realimentar a crise, criando uma onda de inadimplência. ‘‘Quando a crise mostra a cara no mercado de trabalho, a cara é feia, porque provoca círculos perniciosos’’, disse Pastore. ‘‘O camarada perde o emprego, fica inadimplente, não paga a conta da venda, a conta da escola, do médico. O vendeiro não pode pagar a conta do seu fornecedor, e o seu fornecedor não paga a conta do agricultor. Então, o que se tem é uma bola de neve de inadimplência que acaba agravando a própria crise’’.

Na visão do professor, os setores mais afetados pela crise, no que diz respeito ao emprego, não são aqueles que já começaram a cortar empregos, como autopeças, construção civil e financeiro. ‘‘Os setores mais afetados devem ser aqueles voltados a exportação de commodities’’, explicou.
 

Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Última atualização: 08/12/2008 às 15:35:00
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