A crise financeira tem representado prejuízo para os trabalhadores dos bancos de crédito e de investimento, sobretudo no Sudeste. Em alguns casos, as demissões já ultrapassam 25% dos funcionários.
Com a desaceleração global e a menor expansão do crédito, os bancos pequenos já demitiram quase 900 funcionários que, na maioria, eram agentes de crédito.
Somente em São Paulo foram dispensados cerca de mil trabalhadores nos últimos três meses, aumento de 133% em comparação com o mesmo período no ano passado. O caso mais recente foram os 200 funcionários demitidos do Banco Safra, na semana passada.
Na Bahia, de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, não há previsão de demissões. “O efeito da crise deve ser sentido no Sul do país, onde está a matriz dos bancos. A crise aqui não tem efeito imediato. Inclusive o próprio governo está com previsão de crescimento na economia de 4% em 2009”.
MEDIDAS
O governo federal, após mapear os 20 setores sob risco de sofrer forte desaceleração e aumentar o número de demissões, vai promover medidas que possam amenizar os efeitos da turbulência, como por exemplo, reavaliação de tributos sobre lucro e produção e redução de impostos para as empresas.
Além disso, para colaborar com os que foram demitidos, o governo pretende dobrar o número de parcelas do seguro-desemprego. Atualmente, são cinco parcelas.
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