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Saiu na Imprensa

  03/12/2008 

Crise dominou discussões no Fórum dos Governadores

Discursos exaltaram a capacidade e força do País e da Região em enfrentar a situação de dificuldade na economia do mundo


Apesar de ter vários temas em sua pauta, o IX Fórum de Governadores do Nordeste, realizado em Pernambuco nesta terça, no Palácio do Campo das Princesas, focou seus debates nos impactos da crise econômica financeira no País e os efeitos que pode ter na Região. "Neste momento delicado de crise internacional, esta união dos governadores nordestinos é uma ferramenta fundamental para que o Nordeste seja parte da solução que faça o País atravessar esta crise da melhor forma possível", salientou o governador anfitrião, Eduardo Campos (PSB).

"Falta de recursos por conta da crise não será motivo para que as obras não sejam feitas. Nessa hora, mais do que nunca, precisaremos investir. Só assim podemos garantir melhor infra-estrutura e reduzir os gargalos da economia", afirmou o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB). O socialista ainda ressaltou dados que considera relevantes nessa discussão, a exemplo do fato de o Brasil ter 87% da sua economia voltada para o mercado interno, fazendo com que o País crie uma certa autonomia em relação aos países mais desenvolvidos.

"Gostaria de enaltecer a intenção do presidente Lula (PT) e da ministra (da Casa Civil) Dilma Rousseff (PT) em vir para a reunião dos governadores e fazer essa análise muito serena, vendo a realidade dessa crise econômica, mas ao mesmo tempo respondendo a essas situações", disse o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), elogiando a forma como o Governo Federal lida com esse problema da crise. Ele aproveitou para endossar o coro daqueles que acreditam que o Brasil é um dos mais preparados para enfrentar esse momento de dificuldade na economia mundial.

Também participaram da reunião os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSB). Aécio Neves demonstrou solidariedade no apoio à votação da proposta da Reforma Tributária da forma como foi concebida pelo Governo Federal, mesmo que ela venha a acarretar alguns prejuízos para estados grandes – São Paulo e a própria Minas Gerais – e beneficie estados nordestinos. "Concordo com as medidas diferenciadas para o Nordeste e acho que essa convergência entre os estados é fundamental para a realização da reforma que eu considero uma necessidade do Estado Brasileiro", defendeu.

Na sua avaliação sobre os impactos da crise econômica no Brasil, a ministra Dilma Rousseff falou que o País tem os instrumentos necessários para sair fortalecido desse período. "A nossa economia está mais dinâmica porque apresentamos crescimento do PIB com a taxa de investimento se ampliando, aumento do emprego formal, que gera a redução das desigualdades, temos o pré-sal, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), programas sociais e ainda investimentos na diversificação da exportação", argumentou, otimista.

Outros temas debatidos foram o aumento do limite das Parcerias Público-Privadas (PPPs); a garantia de que o Prodetur Nacional tenha a sua contrapartida alocada na União; medidas para apoiar o setor sucroalcooleiro e outras cadeias produtivas estratégicas para o Nordeste, como os setores têxtil e de calçados.

Curiosamente, ao término do evento, não foi entregue a Carta de Pernambuco. Por costume, as reuniões do Fórum de Governadores apresentam uma carta de intenções, mostrando o que ficou acordado entre os gestores, registrando também os pleitos mais importantes. Não foi dada nenhuma explicação a respeito dessa falta.
 
 
Lula destaca maturidade dos governadores
 
Em coletiva à imprensa, presidente disse que os chefes dos executivos estaduais mostram força e vontade para viabilizar obras prioritárias para o País


Em entrevista coletiva concedida à imprensa, após o término dos eventos do IX Fórum dos Governadores do Nordeste, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, nesta terça, o presidente Lula (PT) rasgou elogios aos governadores da Região, além dos de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSB), no que toca às políticas de enfrentamento da crise econômica financeira mundial. "Fico alegre de perceber a maturidade dos governadores em contribuir para que a gente possa fazer com que as obras determinadas como prioritárias, de um interesse nacional, e algumas de vários estados sejam levadas com muita força e vontade nos anos de 2009 e 2010 para que a gente possa melhor enfrentar a crise financeira que se estabeleceu a partir dos países ricos", enfatizou.

A respeito da aprovação do reajuste para 90 mil funcionários públicos pelo Congresso Nacional, Lula falou que isso não causará impactos negativos na economia brasileira. De acordo com ele, a proposta de aumento para o servidor público que está no Congresso foi enviada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e, portanto, já está contida no Orçamento Geral da União. "Você não pode ter como única razão de enfrentar a crise atrofiar a economia do Brasil porque, aí sim, conseguiria agravar a crise", afirmou.

Por fim, o líder petista ressaltou que a proposta de Reforma Tributária será concebida não da forma como quer São Paulo ou os estados do Nordeste, mas como quer o Brasil. "A maioria dos estados brasileiros querem a Reforma Tributária e a maioria dos governadores brasileiros se colocaram de acordo. É normal que São Paulo, que tem uma fatia maior no bolo da produção brasileira, queira coisas diferentes", minimizou, referindo-se a divergências existentes entre os paulistas e nordestinos em relação a alguns pontos polêmicos da Reforma. Hoje, Lula terá reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para saber qual é a disposição dos parlamentares em votar a proposta.

FÓRUM
Durante a abertura do IX Fórum de Governadores do Nordeste, o presidente Lula pediu que os governadores do Nordeste evitem gastos desnecessários para investir mais em obras públicas. De acordo com ele, os gestores ainda devem viajar "um pouco mais" para viabilizar investimentos para o País. Também conversaram sobre a importância de dar celeridade às obras regidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
 
 
 

Fonte: Agência Nordeste de Notícias
Última atualização: 03/12/2008 às 15:46:00
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