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Saiu na Imprensa

  21/11/2008 

BB compra Nossa Caixa

Guido Mantega, da Fazenda, e Antonio Francisco de Lima Neto, do BB: negócio fortalece mercado (Foto: Agência Brasil)
São Paulo. Seis meses após o anúncio oficial do início das negociações, o Banco do Brasil anunciou ontem a compra do controle do banco estatal paulista Nossa Caixa por R$ 5,386 bilhões. O pagamento será em 18 parcelas de R$ 299,25 milhões, corrigidas pela taxa básica Selic, a partir de março de 2009. Para fechar o negócio, os governos federal petista e estadual tucano passaram por cima de possíveis rivalidades políticas e se juntaram contra os interesses dos maiores bancos privados, que foram a público pedir um leilão de privatização, como acontecia nos anos 1990. Com a Nossa Caixa, o BB atinge a liderança em número de agências no estado de São Paulo, a mais importante praça do País e que até 2007 ocupava um modesto quarto lugar.

Juntos, BB e Nossa Caixa somarão 1.324 agências — posição superior aos 1.240 postos de atendimento de Itaú e Unibanco e de 1.204 de Santander e Real. O Bradesco, que tem 1.168 agência e ocupava a liderança no estado antes da fusão Santander/Real, cai agora para o quarto lugar. O presidente do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, afirmou que sem a Nossa Caixa o banco estaria agora em uma posição desvantajosa para competir no varejo bancário.

Com a Nossa Caixa, o BB soma R$ 512 bilhões em ativos, mas ainda não recupera a liderança perdida para Itaú/Unibanco, que somam R$ 575 bilhões em ativos. Em depósitos, porém, o BB segue na liderança com R$ 158,6 bilhões, sendo R$ 48,6 bilhões (R$ 15,8 bilhões vindos da Nossa Caixa) provenientes de contenciosos judiciais, uma captação que interessava a todos os bancos. Além de não ter direito a receber os depósitos judiciais, Itaú/Unibanco somam só R$ 60,5 bilhões em depósitos. A carteira de crédito de BB-Nossa Caixa, de R$ 213,7 bilhões, segue atrás da do Itaú/Unibanco, de R$ 225,3 bilhões.

Por conta da alta complementaridade geográfica, o BB minimizou a necessidade de demissões e afirmou que não terá necessidade de fechar mais do que 30 agências no estado, todas em localidades pequenas em que não se justifica a necessidade de dois postos. A Nossa Caixa emprega 14,3 mil funcionários e o BB, 88,7 mil.

Situação da clientela

Nada muda para os clientes da Nossa Caixa com a venda para o BB. A incorporação de fato só deve acontecer a partir de março de 2009, após a aprovação do negócio pela Assembléia Legislativa, pelo Banco Central e demais reguladores. Depois da incorporação, o cliente da Nossa Caixa deverá virar correntista do BB.

O mesmo deve acontecer com as agências da Nossa Caixa, que deverão virar postos de atendimento do Banco do Brasil. ´O cliente da Nossa Caixa não perderá nada´, assegurou Lima Neto lembrou que o BB tem preços de tarifas e serviços mais baratos que as da Nossa Caixa. ´O que tiver que mudar vai mudar para melhor. Só haverá benefícios´, disse o presidente da instituição.

MERCADO FINANCEIRO
Mantega: aquisição equilibra concorrência

Brasília. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu ontem que a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil estimulará a concorrência no mercado financeira e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que a operação dá solidez ao sistema financeiro.

´O BB tinha presença pequena [em SP] em relação aos demais bancos. Agora vai ter uma presença maior. É bom porque equilibra o jogo entre os bancos brasileiros, e isso aumenta a competição´, disse Mantega.

Já Meirelles afirmou que ´a aquisição vai contribuir para o fortalecimento do sistema financeiro nacional na atual conjuntura do mercado financeiro internacional´. O mesmo comentário já havia sido feito por ele no dia da fusão entre o Unibanco e Itaú.

Mantega também aproveitou para defender a atuação dos bancos públicos no mercado brasileiro. ´É bom que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal sejam bancos fortes e tenham poder de competição com os grandes bancos brasileiros, de modo a beneficiar os correntistas´, disse.

O ministro minimizou o fato de a operação deixar o BB mais próximo do banco resultante da fusão Itaú/Unibanco, mas indicou que a instituição continua tendo como objetivo retomar a liderança do mercado.

Fonte: BB compra Nossa Caixa
Última atualização: 21/11/2008 às 15:07:00
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