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Saiu na Imprensa

  04/11/2008 

Valor: Aquisição da Caixa Federal é alternativa para o Banco do Brasil

A operação envolvendo o Unibanco e o Itaú reavivou dentro do Banco do Brasil a sua aspiração de incorporar a Caixa Econômica Federal, como forma de reconquistar a liderança no mercado bancário nacional. Oficialmente, o BB não quis comentar a perda da liderança para o banco que nasce da consolidação do Unibanco e do Itaú. Mas, de forma reservada, executivos do banco lembraram que a incorporação da Caixa é uma das alternativas possíveis. No ano passado, quando o BB iniciou sua ofensiva para incorporar bancos públicos, também foi aventada a hipótese de absorver a Caixa, além do Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. A idéia voltou à tona depois que o Santander adquiriu as operações do ABN Amro no Brasil. A proposta, porém, teve forte reação contrária da Caixa.

O BB tinha ativos totais de R$ 403,468 bilhões em junho, e a Caixa, de R$ 250,562 bilhões. Juntos, os dois bancos seriam capazes de superar a soma de Itaú e Unibanco, que, segundo a instituição, chegaram a R$ 575 bilhões em ativos. A perda da liderança também aumenta a importância, para o BB, de concluir a compra da Nossa Caixa, que administra R$ 54,10 bilhões em ativos. Outro negócio em discussão é a compra do Banco de Brasília, que tem ativos de R$ 4,897 bilhões.

O BB já concluiu a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), que soma R$ 6,215 bilhões em ativos, e vai absorver o Banco do Estado do Piauí (BEP), que tem operações pequenas, com ativos totais de R$ 226 milhões.

Uma fonte do BB lembra que, mesmo que o BB seja bem-sucedido em concretizar todas essas operações, ainda assim ficaria atrás do novo banco criado pelo Itaú e Unibanco. Seria necessário comprar bancos privados, usando a faculdade criada pela medida provisória 443, recentemente editada. O BB, lembra a fonte, negociou a compra de carteira com 29 instituições financeiras. Em alguns dos contatos, houve sondagem inclusive para a venda do banco, e não apenas ativos. Ontem, o BB não quis comentar notícias sobre a eventual disputa que estaria travando com o Bradesco para a compra do Banco Votorantim, que tem R$ 73,631 bilhões em ativos. Mas uma fonte disse que, para reconquistar a liderança, será fundamental o BB comprar um ou mais bancos, nacional ou de controle estrangeiro, com porte similar ao do Votorantim.
 
Bradesco é surpreendido e estuda reação
A diretoria executiva do Bradesco foi chamada ontem para uma reunião de emergência na Cidade de Deus, sede do banco. A idéia era discutir as estratégias de reação à fusão entre o Itaú e o Unibanco, que deixou o Bradesco na incômoda situação de segundo maior banco privado do país. Na sexta-feira, quando os diretores deixaram suas mesas, ninguém poderia sonhar que na segunda-feira teriam tamanha surpresa.

O Bradesco sabia da possibilidade de perder a liderança. Bastava que o Itaú comprasse uma instituição de porte médio para ultrapassá-lo em volume de ativos totais. Mas o casamento com o Unibanco não fazia parte dos cenários. Agora, restam poucas instituições financeiras passíveis de serem adquiridas e nenhuma delas pode devolver a liderança ao Bradesco. A única alternativa que, de uma simples tacada, poderia encurtar significativamente a distância em relação ao novo líder seria a compra da Nossa Caixa.

Ontem, muita gente no mercado apostava que o Bradesco partiria para interferir nas negociações em curso entre o governo paulista, controlador da Nossa Caixa, e o Banco do Brasil. O BB já começou a se movimentar para que o Congresso aprove logo a MP 443, que lhe dá facilidades para aquisição de bancos sem licitação e permite, em seu texto original, o pagamento em dinheiro.

Analistas também acham possível que o Bradesco tente se aproximar do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Em uma alternativa mais ousada, o Bradesco poderia propor assumir as operações do Citi no Brasil, oferecendo uma fatia de suas ações como pagamento ao banco americano.

Internamente, o discurso da cúpula do Bradesco é de que, nas áreas que caracterizam a essência da operação de um banco, como crédito, poupança e depósitos, a distância em relação ao Itaú Unibanco não é tão grande - em seguros, a liderança foi mantida. Em crédito, por exemplo, o Bradesco está cerca de R$ 30 bilhões atrás do novo líder, o equivalente a 15% de sua carteira. O banco aposta na capacidade de reação de sua base. O que realmente ficou difícil para o Bradesco é se aproximar do líder em termos de ativos totais. E essa não é a única preocupação do banco. Na semana passada, o presidente mundial do Santander, Emílio Botín, prometeu ultrapassar os bancos privados brasileiros na liderança do mercado doméstico.
 
 

 

Fonte: Valor Econômico
Última atualização: 04/11/2008 às 15:14:00
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