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Saiu na Imprensa

  22/10/2008 

Um em cada três brasileiros não tem condições de moradia digna nas cidades

O número de pessoas que moram em domicílios urbanos onde há superlotação domiciliar "com densidade superior a três pessoas por cômodo usado como dormitório", por exemplo, é de 12,3 milhões de habitantes, o que representa 7,8% da população urbana
 
Em todo o Brasil, 54 milhões de pessoas, o equivalente a 34,5% da população urbana, ainda vivem em condições de moradia inadequadas. Os dados fazem parte de estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado nesta terça-feira, 21, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo a pesquisa Pnad 2007: Primeiras Análises, praticamente um em cada três brasileiros que vivem nas cidades não tem condições dignas de moradia.

O estudo mostra que indicadores habitacionais como domicílios urbanos providos de paredes e teto construídos com materiais duráveis apresentam índices de cobertura superiores a 98,6%, considerados pelo estudo como “bastante elevados”. Há registros também de banheiros de uso exclusivo do domicílio para 97,5% das pessoas que vivem em áreas urbanas, de iluminação elétrica em 99,8% das moradias e de conexão com a rede de telefonia fixa em 75,6%.

Os principais problemas habitacionais, segundo o Ipea, estão relacionados ao grande adensamento de pessoas, ao ônus excessivo com o pagamento de aluguel, à proliferação de assentamentos precários e aos casos de mais de uma família vivendo em uma mesma residência.

O número de pessoas que moram em domicílios urbanos onde há superlotação domiciliar – com densidade superior a três pessoas por cômodo usado como dormitório –, por exemplo, é de 12,3 milhões de habitantes, o que representa 7,8% da população urbana.

De acordo com o estudo, os brasileiros que sofrem com o adensamento excessivo estão concentradas nas regiões metropolitanas de São Paulo (2,2 milhões) e do Rio de Janeiro (1 milhão). Já em termos relativos, o problema é mais grave nas regiões metropolitanas de Belém, de São Paulo e de Salvador, onde os percentuais são de 16,6%, 11,7% e 10,6%, respectivamente.

No que diz respeito à população residente em assentamentos precários, a pesquisa verificou uma redução considerada “substancial” no número de pessoas que vivem em cortiços (domicílios do tipo cômodo), de 870 mil, em 1992, para 408 mil, em 2007. Ainda assim, no ano passado, o número de brasileiros em situação de irregularidade fundiária em áreas urbanas e cujas residências estavam construídas em terrenos de propriedade de terceiros ou sob outras condições de moradia, como invasão, era de 7,3 milhões.

“Não foi possível deter o crescimento da população residente em domicílios improvisados nem do número de pessoas residentes em favelas e assemelhados. No caso das favelas, o crescimento absoluto foi de mais de 2 milhões de pessoas, alcançando a cifra de quase 7 milhões em 2007, dos quais 4 milhões são moradores da Região Sudeste, concentrados em termos numéricos nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro”, destaca a pesquisa do Ipea.
 
Pesquisa
Fortaleza tem a terceira pior condição de moradia, diz Ipea
 
O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que pesquisou o acesso da população de dez capitais metropolitanas brasileiras aos serviços de água, esgoto, moradia e saneamento básico

Um estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado nesta terça-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra o acesso de dez capitais metropolitanas brasileiras a serviços básicos como água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e habitação.

Com relação a Fortaleza, se compararmos com a última pesquisa feita em 1992, verifica-se uma melhora no oferecimento de alguns serviços. Mas a pesquisa mais recente revela que a Capital cearense está abaixo da média nacional em alguns aspectos e deixa a desejar se comparada com outras capitais. Além de Fortaleza, integram a lista da pesquisa as capitais Belém, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.

HABITAÇÃO
Apenas pouco mais da metade dos habitantes, exatamente 52,2% da população da Capital cearense, têm acesso a condições dignas de moradia, colocando Fortaleza em 3° lugar no ranking das piores cidades. A Capital perde apenas para Belém (29,6% da população) e Recife (45,3%).

O estudo apontou ainda o índice de adensamento excessivo, ou seja, a quantidade de pessoas morando juntas no mesmo domicílio. Das famílias brasileiras pesquisadas, 56,3% moram juntas por falta de recursos financeiros. Em Fortaleza, esse índice é de 62,4% e a média de moradores por domicilio é de 9,1, um pouco abaixo da média das cidades metropolitanas da pesquisa, que é de 9,3.

SANEAMENTO
Dentre as cidades apresentadas na pesquisa, Fortaleza ocupa o segundo pior lugar no que se refere ao acesso adequado a água, perdendo apenas para Belém (64,5%). O serviço é oferecido a 88,5% da população. Em relação ao último estudo desse quesito, divulgado em 1992 pela PNAD, o acesso a água potável Fortaleza foi ampliado. Nessa época, os serviços chegavam a apenas 67,8% dos habitantes.

Já o acesso aos serviços de esgoto, o acesso passou de 67,2%, em 1992, para 71,1%, em 2007. Porém, Fortaleza foi considerada a segunda pior no oferecimento do serviço, perdendo apenas para Recife (64,2%).

A coleta de lixo em Fortaleza é a pior dentre as regiões metropolitanas. Dos moradores da capital, 94,6% deles dispõem deste serviço. A média brasileira é de 9% da população.
 
 
 

 

Fonte: Jornal O Povo
Última atualização: 22/10/2008 às 15:19:00
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