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Saiu na Imprensa

  21/10/2008 

Tensão vai elevar desemprego no mundo

Grandes montadoras nos EUA e na Europa anunciaram demissões em massa por conta da crise
Genebra. Enquanto governos do mundo inteiro se mobilizam para salvar os grandes bancos do colapso, a crise financeira dá cada vez mais sinais de que atingirá em cheio o bolso do cidadão comum. A ONU estimou ontem que a crise irá criar 20 milhões de desempregados até o fim de 2009, um número quatro vezes maior que o da previsão anterior, feita em janeiro. A revisão foi feita pelo diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Somavia, com base na contínua desaceleração econômica global. O impacto da crise no emprego será maior que o esperado porque a expansão das principais economias, EUA, UE e Japão, deve ser quase nula.

Segundo Somavia, os setores mais atingidos são os de construção, imobiliário, automotivo, turístico e de serviços financeiros. A crise levou grandes montadoras nos EUA e na Europa a anunciarem demissões em massa. E até em emergentes como China e Índia já cresce o número de demissões.

A estimativa do FMI de desaceleração da economia global fez a OIT concluir que número de desempregados poderá crescer de 190 milhões em 2007 a 210 milhões no fim de 2009. A crise também tende a multiplicar o subemprego e a pobreza, disse Somavia. Ele calculou que o número de trabalhadores vivendo com menos de US$ 1 poderá passar de 487 milhões a 527 milhões. A parcela dos que ganham até US$ 2 diários poderá crescer em 100 milhões, para 1,4 bilhão de pessoas.

Brasil e efeitos

O Brasil será um dos países mais afetados na América Latina pela crise do mercado financeiro, de acordo com estudo da UFRJ.

Para o economista Reinaldo Gonçalves, a blindagem do Brasil contra a crise é de ´papel crepom´ em razão da vulnerabilidade externa e de erros de estratégia e de política econômica do governo Lula. Segundo o estudo, os argumentos que sustentam a maior blindagem do país para lidar com a crise são falsos, como a menor dependência dos Estados Unidos na exportação, o elevado nível de reservas internacionais e o dinamismo da absorção interna. Segundo Gonçalves, apesar de o país ter reduzido a participação das exportações para os EUA de 24,7% em 2001 para 18% em 2006, houve aumento no período da participação de países como China e México, que têm economias dependentes do mercado americano. Em relação às reservas internacionais, Gonçalves argumenta que o país já perdeu mais de US$ 4 bilhões desde que o Banco Central começou a intervir no mercado de câmbio para evitar que o dólar continuasse em alta. Segundo ele, as reservas são pequenas se comparadas ao passivo externo do país, que passou de US$ 343 bilhões em 2002 para US$ 939 bilhões em 2007. Ele representa o estoque de todos os recursos estrangeiros no país, incluídas aplicações financeiras, investimentos produtivos e empréstimos. Houve um erro grave do governo, de ter permitido um dos maiores desalinhamentos cambiais da América Latina.

COMPROMISSO
Inflação é centro de atenções, diz Henrique Meirelles

São Paulo. A uma semana da penúltima reunião do Copom de 2008, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a meta de inflação segue no centro das preocupações, apesar da pressão por uma parada no ciclo de elevações da taxa básica Selic por causa da crise.

“Engana-se quem vê nas medidas adotadas pelo Banco Central uma mudança na sua estratégia de atuação”, disse o presidente do BC. “Temos um compromisso com o regime de metas de inflação. É importante que isso esteja bem claro para a sociedade”.

Devido à piora da crise internacional, que levou bancos centrais como o dos EUA e o europeu a reduzirem seus juros, muitos analistas passaram a avaliar como possível que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) mantivesse a taxa Selic inalterada em 13,75% anuais no próximo encontro. “As decisões do Copom continuarão a serem condicionadas pelas nossas projeções para a inflação e o balanço de riscos associados a essas projeções e levarão em conta todos os desenvolvimentos recentes dos mercado”, afirmou Meirelles.

Presente à cerimônia de posse da nova diretoria da Anbid, Meirelles afirmou também que o governo tem hoje um arsenal para prover liquidez de forma adequada ao sistema por ter acumulado antes um expressivo volume de reservas.

“Nossa tão criticada acumulação de reservas, sem prejuízo da necessária flexibilidade cambial, mostra-se hoje providencial”, disse ele.
 

Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Última atualização: 21/10/2008 às 15:16:00
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