Com essas bandeiras, começa a Semana Antiimperialista na América Latina e no Caribe, de 12 à 18 de outubro. Durante toda a semana vão ocorrer atos, protestos, seminários e outros eventos que reafirmarão os trabalhadores não estão dipostos a arcar com as conseqüências dessa crise econômica.
Enquanto os trabalhadores organizam os seus protestos, os capitalistas torram mais de 3 trilhões de dólares para tentar “salvar” os banqueiros. Dinheiro que daria para resolver boa parte dos problemas da fome, do desemprego, dos baixos salários, da falta de habitação, da precariedade da saúde e da educação a qual estão submetidos milhões de seres humanos deste planeta.
Frente a essa situação ganha ainda mais força a necessidade de seguirmos avançando na organização de nossa semana de lutas. É importante que nossas bandeiras demonstrem que os trabalhadores da América Latina e do Caribe não estão dispostos a arcar com as conseqüências dessa crise. Essa crise é dos governos neoliberais, do imperialismo norte-americano e dos banqueiros e grandes empresários. Não é nossa.
Trabalhadores em luta mostram o caminho
Os bancários estão em GREVE por tempo indeterminado. Os químicos de SJC (SP) iniciaram sua campanha salarial com muita disposição de luta. E, esta quinta-feira (15) poderá ser um grande dia de luta. Os metalúrgicos de Minas Gerais podem paralisar suas atividades, os trabalhadores dos Correios, aprovaram indicativo de greve para esta data, e os petroleiros, em campanha salarial, tem ato nacional marcado para o dia 15.
As mobilizações que estão ocorrendo pelo país servem para mostrar que o caminho para enfrentar a crise é o das lutas, apoiadas nas reivindicações de cada categoria, mas conduzindo-as a um patamar de unidade, ação e politização que fortaleça a classe trabalhadora diante dessa crise mundial.
A programação no Brasil
Servidores federais: Várias atividades estão marcadas. Entre elas, a Marcha da Seguridade Social no dia 14; atividade no Congresso Nacional, no dia 15. No dia 16, a partir das 9h, haverá um ato em frente ao Ministério do Planejamento. Em seguida, um ato unificado pela retirada das tropas brasileiras do Haiti e em apoio à luta do povo boliviano, com início às 12h, em frente ao Itamarati.
São Paulo (SP): Reunião entre a Conlutas, Assembléia Popular, Intersindical, MST, Pastoral Operária e outras entidades definiu por várias manifestações pela cidade e um ato unificado no dia17, em frente à Bolsa de Valores, às 13h.
São José dos Campos (SP): Iniciou a jornada com um ato em Caçapava pela retirada brasileiras do Haiti. Foi dessa cidade que partiram as primeiras tropas para o país ocupado. Além disso, estão previstas panfletagens e paralisações nas fábricas metalúrgicas e químicas e um ato unificado. As atividades são organizadas pela Conlutas, MST e Intersindical.
Minas Gerais – A Conlutas, o MST, a Intersindical e outras entidades estão organizando a Jornada de Lutas, com atividades durante toda a semana, para concentrar forças em um ato unificado no dia 15, quando os metalúrgicos, em campanha salarial, têm indicativo de greve.
Rio de Janeiro (RJ) – Um grande ato em defesa dos serviços públicos e contra a carestia está sendo organizado para o dia 16 pelos servidores públicos, Conlutas, Intersindical, MTL, MST, Movimento de Mulheres, Via Campesina e outros.
Belém (PA) – Já está marcado um seminário contra a criminalização dos movimentos sociais para o dia 17. A organização é da Conlutas, Intersindical, MST, CPT, Cáritas SDDH e outros.
Rio Grande do Norte - Atividades no período de 14 à 17, organizadas pela Conlutas, MST, Consulta Popular, Assembléia Popular, entidades e oposições sindicais. No dia 14 haverá seminário sobre crise alimentar, criminalização dos movimentos sociais e privatizações. No dia 15, uma passeata e ato unificado no centro da cidade, e no dia 16, um ato em defesa da Soberania Alimentar. Já no dia 17 o ato é contra o desmonte do BB, em alusão ao 200º aniversário do banco.
Sergipe – Aproveitarão o dia 15, que tem ato nacional dos petroleiros para unificar com os trabalhadores dos Correios e outras categorias.
Florianópolis (SC) – A Conlutas e o Fórum Contra as Privatizações estão organizando uma audiência pública, no dia 16, sobre o piso salarial dos professores. Também haverá a passeata dos “Semterrinhas” e ato unificado no centro da cidade.
MTST: Junto com outros movimentos está organizando manifestações contra a alta dos preço dos alimentos, como parte da jornada antiimperialista.
A programação nos países
Uruguai
De 13 à 17 – A carta do ELAC será entregue por uma delegação de dirigentes e ativistas sindicais, sociais e políticos nas embaixadas dos países latino-americanos que possuam tropas no Haiti.
Dia 17 – Será entregue nos ministérios um abaixo-assinado com mais de 5 mil assinaturas
exigindo a retirada das tropas uruguaias do Haiti. A atividade é organizada por diversas entidades.
Paraguai
Dia 14 – A Mesa Coordenadora Sindical está organizando um protesto no Panteón de los Heroes.
Colômbia
Dia 07 – Atividade contra a criminalização e a repressão e dos movimentos e a defesa da greve dos trabalhadores da Cana.
Argentina
Dia 16 – Protesto da Via Campesina contra a crise de alimentos. Dia 18 - Ato pela retirada imediata das tropas do Haiti. A organização é em conjunto com a CTA Capital, el Serpaj (Serviço de Paz e Justiça) presidido por Pérez Esquivel e pelas Mães da Praça de Maio. Haverá entrega de manifesto ao Ministério de Relações Exteriores, assinado por personalidades e entidades.
Equador
Dia 17 – Ato – Vídeo Conferência – “A crise internacional – Semana Antiimperialista” cujos temas abordados são: defesa dos recursos naturais, fora tropas do Haiti e apoio ao povo Boliviano.
|