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Saiu na Imprensa

  12/09/2008 

Bancos crescem mais que PIB e podem atender reivindicações dos bancários

O produto interno bruto (PIB) do setor bancário cresceu 41,7% no ano passado, quase oito vezes mais que a economia como um todo, e caminha para um resultado semelhante em 2008. Levantamento divulgado nesta quarta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o setor de intermediação financeira e seguros (que inclui bancos, seguros e previdência complementar) teve um crescimento de 12,5% no primeiro semestre deste ano, mais que o dobro do aumento do PIB nacional no período, que foi de 6,1%, superando todas as expectativas.

"O fantástico desempenho dos bancos mostra que eles não têm nenhuma razão para rejeitar as reivindicações da categoria. Queremos incorporar aos nossos direitos e salários uma parte da riqueza que ajudamos a construir", afirma Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, que está negociando a campanha salarial com a Fenaban.

Na próxima quarta-feira, 17, os bancários começam a discutir com os bancos as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações, que inclui aumento real de 5% (acima dos 7,15% da inflação medida pelo INPC/IBGE nos últimos 12 meses), aumento e simplificação da PLR, valorização dos pisos salariais, cesta-alimentação no mesmo valor do salário mínimo (R$ 415) e contratação da remuneração total. Clique aqui para conhecer as principais reivindicações e aqui para ver o calendário estabelecido para as negociações.

Na rodada de negociação marcada para terça-feira, 16, o Comando Nacional pretende concluir as discussões sobre as cláusulas não econômicas, que incluem saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária.

O aumento da riqueza dos bancos

De acordo com os dados do Relatório Social dos bancos divulgado no mês passado pela Febraban, a riqueza gerada pelo setor bancário (valor adicionado; veja no quadro o que é) em 2007 foi de R$ 136,9 bilhões, contra R$ 92,5 bilhões em 2006 - aumento de 41,7%. No mesmo período, o PIB nacional subiu 5,4%. Com isso, a participação do setor bancário no PIB nacional, que era de 4,0% em 2006, cresceu para 5,4% no ano passado.
 
Os resultados dos bancos no primeiro semestre indicam a mesma tendência de crescimento em 2008, como demonstram os dados do IBGE divulgados na quarta-feira. Enquanto o PIB de toda a economia cresceu surpreendentes 6,1% nos primeiros seis meses, a riqueza do setor de intermediação financeira e seguros aumentou mais que o dobro (12,7%). Mais uma vez foi o segmento que mais cresceu. O setor de serviços de informação, que ficou em segundo lugar, teve acréscimo de seu valor adicionado em 9,7%.

O levantamento do IBGE não permite separar os segmentos de bancos, seguros e previdência complementar, o que dificulta um comparativo do setor estritamente bancário com o crescimento no primeiro semestre do ano passado.

A participação dos salários cai

Como a tabela da Febraban mostra, o valor destinado aos acionistas dos bancos registrou um extraordinário aumento real de 74,9%, enquanto os gastos com salários cresceram apenas 18,8%. Ou seja, o crescimento do valor pago aos donos do capital é quatro vezes superior ao crescimento do montante pago aos donos da força de trabalho (18,8%), os trabalhadores.

O que significa que piorou o quadro da distribuição de renda do setor bancário, com redução da renda do trabalho e a ampliação da renda do capital. Sobre isso, os dados são reveladores. Pois, além de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada por uma empresa, o valor adicionado revela também como essa riqueza foi distribuída entre aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração.

Além disso, os dados do Relatório Social da Febraban mostram que da riqueza gerada pelo setor bancário em 2007 os trabalhadores viram a participação de sua renda reduzida de 39,6% para 33,2% da riqueza. Enquanto os donos do capital (investidores) ampliaram sua participação de 34,4% para 42,5%. O governo, por sua vez, também viu sua fatia (impostos) sendo reduzida de 25,9% para 24,3% da riqueza do setor bancário.


 
 

Fonte: Contraf-CUT
Última atualização: 12/09/2008 às 14:03:00
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