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Saiu na Imprensa |
28/08/2008 |
Desemprego em julho é o menor em 10 anos, mas renda do trabalho cai |
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do Brasil é a menor para o mês de julho desde 1998, segundo dados do Dieese e Fundação Seade, divulgados nesta quarta-feira (27-8). Em relação a junho, o índice não variou, estacionando em 14,6%. O rendimento médio da classe trabalhadora apresentou comportamento negativo. O desempenho do desemprego foi diferenciado nas regiões pesquisadas: houve redução no Distrito Federal e Belo Horizonte; relativa estabilidade em Salvador, São Paulo e Porto Alegre; e aumento em Recife, de acordo com a pesquisa.O contingente de desempregados nas regiões analisadas foi estimado em 2.933 mil pessoas em julho, 34 mil a mais do que no mês anterior.
Salários em queda
Já o rendimento real médio dos ocupados em julho diminuiu 0,7%, sendo que os assalariados arcaram com prejuízos maiores, amargando recuo de 1,1%, com os valores médios atingindo R$ 1.154, no primeiro caso, e R$ 1.238, no segundo.
A taxa de desemprego aberto nas regiões pesquisadas passou de 9,9% para 9,8% e a de desemprego oculto de 4,7% para 4,8%. O desemprego aberto abrange pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho em sete dias. Já o desemprego oculto compreende os trabalhadores que desistiram de procurar trabalho (desempregados por desalento) e parte dos precarizados.
Desemprego oculto
O desemprego oculto por trabalho precário abrange as pessoas que possuem algum trabalho remunerado ocasional de auto-ocupação ou que realizam trabalho não-remunerado em ajuda a negócios de parentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que, não tendo procurado neste período, o fizeram sem êxito até 12 meses atrás.
O conceito de desempregado por desalento leva em consideração pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias anteriores ao da entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos últimos 12 meses, segundo a definição do Dieese.
São Paulo
Na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego total variou pouco, passando de 13,9% para 14,1%, entre junho e julho, período em que ocorrem reduções. Mesmo assim, é a menor taxa para o mês desde 1996. Por outro lado, a taxa de desemprego oculto na região cresceu de 4,2% para 4,5% e a de desemprego aberto variou de 9,7% para 9,6%.
Já o contingente de desempregados aumentou 27 mil e foi estimado em 1.487 mil pessoas, resultado da criação insuficiente de vagas, 18 mil, para absorver 45 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho da região. Em julho, o nível de ocupação ficou relativamente estável (0,2%) e o contingente de ocupados foi estimado em 9.060 mil pessoas, apenas 18 mil a mais do que em junho.
O resultado refletiu a combinação do crescimento de 6,6% no grupo outros setores, puxado principalmente pelo desempenho da construção civil e dos serviços domésticos; além de relativa estabilidade no comércio (0,2%) e na indústria (-0,3%) e pequena redução nos serviços (-0,9%). Os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados recuaram 2,3% e 2,4% na região metropolitana paulista, passando a corresponder R$ 1.205 e R$ 1.282, respectivamente.
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| Fonte: Portal CTB |
| Última atualização: 28/08/2008 às 14:33:00 |
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