O Ministério Público do Trabalho (MPT), através da Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região, abriu inquérito civil contra o Banco do Nordeste por extrapolação da jornada de trabalho sem pagamento das horas-extras. A acusação é de prolongamento do expediente normal do bancário, que é de seis horas, sem a remuneração prevista na legislação.
O Departamento Jurídico do Sindicato confirmou a existência da prática, que se configura como assédio moral. Testemunhas foram indicadas para depor no processo, ressaltado que o fato é comum nos bancos, em especial nas agências do interior do Estado.
O processo revela também a existência de remanejamento de funcionários entre as agências do interior, nos finais de semana e feriados, para realizar a chamada “força-tarefa”. Os bancários não recebem as extras trabalhadas.
Segundo a Associação dos Funcionários do BNB, existe um movimento nacional contra o trabalho gratuito, muito comum nas agências do banco.
Após a apuração dos fatos, e comprovada a denúncia, a expectativa é de que o MPT obrigue o BNB a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta.
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