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Saiu na Imprensa

  09/06/2008 

Centrais planejam greve geral no segundo semestre

“Sem grandes pressões, o projeto de lei não passa na Câmara, devido à expressiva bancada do patronato”, afirma Wagner Gomes, da CTB

As principais centrais sindicais brasileiras começam a discutir a possibilidade de uma greve geral para pressionar o Congresso a votar o projeto de lei (PL) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.

Na coordenação dos atos, algumas centrais já sugerem a construção de um movimento nacional de paralisação para o segundo semestre. “Nós sempre discutimos a possibilidade de greve geral. Para a CUT, a greve geral não pode ser uma manifestação sem sentido. Há setores que defendem greve geral toda semana, como se isso fosse mobilizar os trabalhadores. Não podemos queimar o conceito de greve geral com um movimento em três ou quatro estados e com a paralisação de algumas fábricas. Temos que construir um movimento, acumular forças, para fazer uma greve geral, que possa ser chamada de 'greve' e de 'geral'”, assinala Artur Henrique, presidente da CUT.

Wagner Gomes, presidente da CTB, aponta que para pressionar o Congresso a aprovar o PL, o movimento sindical precisa construir ações contundentes, como a greve geral. “Sem grandes pressões, esse PL não passa na Câmara, devido à expressiva bancada do patronato. Por isso, no futuro, pensamos em fazer uma greve geral”, revela.

1 milhão de assinaturas


No dia 3 de junho, dirigentes sindicais foram ao Congresso participar de uma audiência pública e entregar um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas solicitando a redução da jornada. As seis maiores centrais brasileiras – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CGTB e Nova Central – estão em campanha e defendem a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais. Em 28 de maio, as centrais realizaram um ato unificado e protestos em todo o país, com assembléias e paralisações nas capitais e nas principais cidades.

A unidade em torno da redução da jornada, mesmo levando em consideração as profundas divergências de concepções internas do sindicalismo, é a primeira pauta propositiva apresentada pelas centrais, no segundo mandato do presidente Lula.

Para Artur Henrique, presidente da CUT, essa nova postura reflete alterações na conjuntura do país. “Estamos vivendo um momento de ampliação da pauta dos trabalhadores. Isso começou com a marcha pelo salário mínimo, há 4 anos. Na década de 1990, havia um processo de privatização e desemprego, era uma conjuntura de resistência em que fazíamos muito esforço para manter o que havia sido conquistado”, lembra Artur.

Conlutas e Intersindical

Já outras duas centrais, a Conlutas e a Intersindical, promoveram atos em separado, com reivindicação de jornada máxima de 36 horas por semana e reafirmaram sua disposição em barrar prováveis reformas, como a da Previdência.

Para Luís Carlos Prates, o Mancha, dirigente da Conlutas, a bandeira dos trabalhadores deveria ser pela redução da jornada para 36 horas semanais, pois algumas categorias já têm teto de 40 horas. A Conlutas teme que as reivindicações realizadas pelas centrais sejam atendidas em troca de outros direitos. “A redução da jornada não pode implicar em redução salarial e de direitos, como a instituição do banco de horas”, enfatiza.

 
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia

Última atualização: 09/06/2008 às 14:14:00
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