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Saiu na Imprensa

  05/06/2008 

Em audiência pública, Câmara e Senado recebem abaixo-assinado

O presidente da CTB, Wagner Gomes, disse, durante seu discurso, que a questão da redução da jornada de trabalho é uma necessidade imperiosa para diminuir o desemprego. "O Dieese faz uma conta, senhor presidente, em que a redução da jornada para 40 horas geraria imediatamente 2 milhões e meio de empregos", disse.
 
Os presidentes das centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CGTB entregaram, durante uma audiência pública realizada na terça-feira (3) de junho), o abaixo-assinado com mais de 1,5 milhão de assinaturas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O documento reivindica a aprovação da PEC 393/01, de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que estabelece a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
 
Estavam presentes aproximadamente mil trabalhadores de 15 Estados. O presidente da CTB, Wagner Gomes, disse, durante seu discurso, que a questão da redução da jornada de trabalho é uma necessidade imperiosa para diminuir o desemprego. "O Dieese faz uma conta, senhor presidente, em que a redução da jornada para 40 horas geraria imediatamente 2 milhões e meio de empregos", disse. Wagner Gomes também ressaltou que esse número significa um dinheiro que, jogado na economia, evidentemente a aqueceria.
 
Outro aspecto positivo da redução da jornada levantado pelo presidente da CTB foi o a distribuição da renda nacional. "O nosso país sempre cresceu, senhor presidente, mas cresceu sem distribuir renda, e uma forma de distribuir renda é reduzir a jornada de trabalho", enfatizou.
 
Tempo para descansar
 
Wagner Gomes também fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados no sentido de agilizar a aprovação da PEC. "Esta mesma Câmara dos Deputados que foi responsável pelo reconhecimento das centrais sindicais, esta mesma Câmara que junto com o Senado ajudou a criar uma lei do salário mínimo que tem trazido uma vantagem grande para os trabalhadores, companheiro Arlindo Chinaglia, pode marcar a história reduzindo a jornada de trabalho", afirmou.
 
O presidente da CTB disse aos empresários presentes na audiência pública que o trabalhador não nasceu só para trabalhar. "Ele precisa de tempo para poder descansar o mínimo, precisa de lazer, precisa ter contato com sua família e, ao contrário do que dizem, a redução da jornada aquece a economia, por isso a sua importância", destacou.
 
Ponto de vista social
 
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann, explicou que para produzir no ano passado R$ 2,4 trilhões, a soma das suas riquezas identificadas no Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil poderia ocupar todos os trabalhadores se a jornada de trabalho fosse de 36 horas e 44 minutos semanais. Segundo ele, 36,4% dos trabalhadores brasileiros trabalham mais de 45 horas semanais.
 
O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, conhecido como Toninho do Diap, afirmou que todos os indicadores do ponto de vista econômico, social e fiscal recomendam a redução da jornada no Brasil. "Do ponto de vista social, por exemplo, a redução da jornada pode significar a humanização das relações de trabalho, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador que vai ter mais tempo para passar com a família", disse.
 
Resistência dos empresários
 
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, disse que o crescimento e o desenvolvimento do país estão atrelados às melhores condições de trabalho e de vida. "A redução da jornada de trabalho para 40 horas é fator fundamental para isso, já que significa qualidade de vida, dando ao trabalhador e à trabalhadora mais tempo para o convívio familiar e social, mais tempo para o lazer, para o estudo e para a qualificação, o que beneficia toda a sociedade", afirmou.
 
O presidente da CGTB, Antônio Neto, disse que só o patronato não quer a redução da jornada de trabalho, comparando a resistência dos empresários ao que aconteceu na década de 20, quando a indústria opôs-se às férias de 30 dias alegando que o operário "ficaria em casa batendo na mulher".
 
Medidas aprovadas
 
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho — que também é deputado federal pelo PDT de São Paulo — disse que o fato de os sindicalistas e representantes dos trabalhadores ocuparem o plenário da Câmara para discutir a redução da jornada foi um acontecimento histórico. "Não me lembro, na história do Brasil, de um momento em que os trabalhadores pudessem sentar-se neste espaço e discutir suas questões", disse.
 
Paulinho da Força, como é conhecido, listou medidas aprovadas pela Câmara recentemente e que beneficiaram os trabalhadores, como a legalização das centrais sindicais, a correção da tabela do Imposto de Renda, a regulamentação do trabalho aos domingos no comércio, a definição de uma política permanente para o aumento do salário mínimo.
 
Projetos priorizados
 
O presidente da UGT, Ricardo Patah, alertou para o fato de que os trabalhadores do comércio já tiveram os domingos quase transformados em dias normais. Patah disse ainda que os empresários não podem ser contrários à redução da jornada, que será uma conquista para os trabalhadores.
 
Chinaglia disse que os projetos em tramitação na Casa sobre o tema devem ser priorizados, em razão do apoio popular à medida. "Não há tema proibido para a Câmara, e esse tema precisa ser votado em algum momento", disse. À tarde, as centrais sindicais entregaram os abaixo-assinados ao presidente do Senado Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Segundo o senador, o assunto terá a prioridade e se comprometeu publicamente a colocar o tema em votação após o destrancamento da pauta — travada por seis Medidas Provisórias (MPs). 
 

Fonte: http://www.bancarios.com.br/news.php?news=1

Última atualização: 05/06/2008 às 14:41:00
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