Ontem (05/09), os diretores João de Siguinez e Pietro Marino se reuniram com funcionários do BNB de Imperatriz para discutirem sobre transferências feitas pela diretoria do banco. Os funcionários alegam que enquanto mantém o processo de reestruturação, removendo funções e transferindo funcionários sem justificativas plausíveis, o BNB alia-se à teoria de que nem todos são iguais perante a Lei.
Na última sexta-feira (01/09) veio à tona a notícia de que um funcionário da agência localizada em Açailândia seria transferido para Imperatriz. O motivo: apadrinhamento político. A transferência teria sido solicitada por um diretor do Banco, diretamente para a Superintendência Estadual, sem consultar as agências envolvidas.
O mais intrigante é que a cidade de Imperatriz já teve uma de suas agências fechada neste ano, deixando sete funcionários da instituição com lotação em aberto. O Banco garantiu a esses funcionários prioridade na ocupação de vagas que surgissem na outra agência da cidade. Porém, essa mesma agência, foi indicada, pela Superintendência do Maranhão, para ser a primeira a passar pelo processo de reestruturação, resultando na transferência de cinco funcionários para agências do interior do Estado; quatro deles, possivelmente, com perda de função.
A Direção Geral do Banco afirma que a agência Imperatriz Centro, para onde os funcionários deveriam ser deslocados, conta com número de funcionários superior à sua lotação aprovada. Porém, segundo os funcionários, isso não impediu o diretor de garantir ao seu apadrinhado uma vaga no local. Para maquiar a manobra, a transferência seria feita por permuta, quando dois funcionários decidem, pela própria vontade, trocar de lotação, indo um para a agência do outro. Como na agência Imperatriz Centro não há interessados em compor a equipe de trabalho de Açailândia, a agência seria obrigada a indicar alguém que iria, a contragosto, mudar de cidade.
Para os funcionários, essa medida acaba causando vários transtornos, visto que, que estes cinco funcionários já moram na cidade de Imperatriz, com suas famílias, negócios e relações diversas, o que não sensibilizou o BNB para a necessidade de cada um permanecer na cidade. Por outro lado, alguém com rotina de trabalho em Açailândia é premiado ao ser transferido para Imperatriz, passando por cima de todos os critérios estabelecidos.
O Banco do Nordeste é uma sociedade de economia mista e, como tal, tem o dever de submeter-se à moralidade, à impessoalidade, à legalidade e a publicidade de seus atos além, é claro, de dispensar tratamento isonômico aos seus funcionários. Com a manobra, revelam-se claros sinais de corrupção e apadrinhamento por parte de pessoas influentes na instituição.
Como resposta ao seu corpo de funcionários e a toda a sociedade, seria sensato por parte do Banco, suspender o processo de reestruturação, até que fossem apuradas as irregularidades aqui apontadas.
O SEEB-MA se sensibiliza com as reivindicações dos funcionários e garante total apoio às sua lutas!
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