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Saiu na Imprensa

  24/07/2017 

Artigo: "Bancários não são descartáveis!"

Uma categoria de trabalhadores que, nos anos 1980/90, era das mais bem remuneradas no mercado de trabalho brasileiro agora parece mesmo um contingente qualquer de descartáveis. Pelo menos aos olhos dos bancos e dos banqueiros.

Em 1989, o sistema financeiro brasileiro ocupava cerca de 900.000 trabalhadores. Atualmente não chega à metade disso. A clientela e o lucro evidentemente permaneceram crescendo. É que a profunda reestruturação produtiva do setor exponenciou produtividade e o desemprego estrutural.

Os bancos parecem mesmo mandar no mundo e seu poder parece maior ainda em nosso país, verdadeiro paraíso da agiotagem oficial.

Nenhum setor da economia nacional passou por uma tanta “reestruturação produtiva”. Nenhum setor manteve incólume e ininterrupta a altíssima taxa de lucro por tanto tempo.

Mesmo com dois anos seguidos de recessão (2015 e 2016), o balanço dos bancos ostentou a continuidade da obtenção de lucro em meio ao caos da economia e da política. De forma monótona e repetida diferentemente de outros setores econômicos que amargam dificuldades.

Temos realmente um sistema financeiro dos mais sofisticados do mundo, em seu instrumental tecnológico. O mesmo não se pode afirmar sobre sua dinâmica de funcionamento com a sociedade e de sua dinâmica propriamente financeira. Aqui – sabemos todos – habitam as mais altas taxas de juros do planeta!

Então o que justifica, neste cenário, a oferta ampla (vide Bradesco, Caixa e BNB) de Planos de Demissão Voluntária, os “PDVs” de triste memória para os assalariados, justamente no setor que pode e deveria ofertar melhores serviços ao público e criar mais e melhores empregos para os brasileiros?

Os bancos não podem continuar a ser a ponte por onde só correm as águas do rentismo. Há que ter o mínimo de responsabilidade histórica para financiar bons projetos no interesse da retomada do desenvolvimento e da geração de postos de trabalho. Há que atuar reduzindo drasticamente a taxa de juros e a abusividade de cobrança de tarifas.

A tradicional campanha salarial dos bancários brasileiros que começa a se organizar e se concretiza mais fortemente em setembro precisa tratar dos frequentes assaltos aos bancos e, principalmente, do assalto dos bancos à toda sociedade. Terá nosso apoio e de toda a sociedade!

 

Elmano Freitas

elmano.freitas@gmail.com

Deputado estadual (PT-CE)

Fonte: Jornal O Povo
Link: http://www.opovo.com.br/jornal/opiniao/2017/07/elmano-freitas-bancarios-nao-sao-descartaveis.html
Última atualização: 24/07/2017 às 09:50:24
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