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Saiu na Imprensa

  07/02/2017 

O custo social do desemprego público

A decisão em reduzir o número de funcionários públicos pode gerar uma falsa impressão de redução de custos. Causará sim uma redução de custos com pessoal, entretanto, aumentará significativamente os custos com assistência social, combate a violência, saúde, além de problemas sociais.
 
O papel do Estado é intervir para gerar emprego e renda e proteger a economia e cidadania. Vejamos o bom exemplo do Governo Americano na famosa CRISE DE 30. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal (novo acordo). O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares.
 
Tudo isso para gerar emprego público e mercado consumidor. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados. Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
 
Nos preocupamos ao ver o Estado brasileiro, que tem o papel de promover o bem estar da sociedade, gerando desemprego exatamente quando a iniciativa privada está em crise e não tem nenhuma obrigação social, seu princípio é meramente a obtenção de lucro, assim, não irá absorver tais profissionais desempregados.
 
Vejamos alguns problemas que podem ser gerados em consequência do desemprego: quem tinha um plano de saúde privado irá usar a saúde pública, gerando custo; A ociosidade é uma porta aberta para a criminalidade e o uso de drogas; A violência doméstica terá acréscimo quando o provedor do lar está faltando com suas obrigações; entre outros.
 
Um preso custa aos cofres públicos R$ 21.000,00 (média ano); custo per capta com saúde segundo o Conselho Federal de Medicina é de R$ 1.098,75 (2013); Em 2011 o Governo gastava R$ 861,00 com cada Bolsa Auxílio para dependente químico. Assim, justificamos que o Governo ao demitir um profissional não gera economia e sim deslocamento de despesas e consequentemente um mal social irreversível. Não seria melhor mantê-lo empregado com salário mínimo?
 
Diante do exposto, acreditamos que o Governo tem o dever de manter um cidadão trabalhador devidamente empregado. O desempenho do gestor público é medido quando é eficiente ao fazer um profissional gerar bons serviços à sociedade.
 
Thauzer Fonteles
Administrador de empresas, mestre em administração (UECE) e Professor Universitário
Fonte: O Estado Online
Link: http://bit.ly/2kCYRyq
Última atualização: 07/02/2017 às 10:30:14
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