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Saiu na Imprensa

  31/01/2017 

Estiagem castiga agricultores da zona rural nos Inhamuns

Um cenário cinzento dos galhos tortuosos da caatinga sob o sol escaldante do sertão, animais emagrecidos com às costelas à mostra, carcaças de animais vistas com muita frequência, servindo de alimento aos urubus, o solo de açudes secos rachados ou com apenas uma pequena poça de água lamacenta, agricultores com olhos tristes olhando os céus e clamando por chuva. Alguns roçados de solo escurecido por causa das queimadas a espera de um inverno para se revestir da plantação de milho e feijão.

É o retrato da região dos Inhamuns, considerada uma das regiões mais secas do Estado do Ceará. Na maioria dos municípios, muitos animais já morreram devido à falta de água e pastagens. Proprietários se submeteram a vender seus rebanhos a preço de banana, e a população sofrendo com o excesso de calor e a dificuldade de conseguir água potável, submetidos ao precário abastecimento com carros-pipas por causa da falta de água nos seus reservatórios.

Esse é o drama dos sertanejos, que ainda sofrem com as previsões de mais um ano de seca e só tem a fé a lhe acalmar o coração.

Pedro Cândido Feitosa, residente na zona rural do município de Tauá, disse que o cenário em todo o município. “É muito desolador, porque mesmo com as poucas chuvas que tem molhado a nossa terra, ainda não foi suficiente para criar pastagens”. Ele diz anda que, antes, o verde predominava e, hoje, “só estamos vendo a seca devastar toda a nossa zona rural, porém, o que mais está nos deixando preocupados é fato de estarmos vendo o nosso rebanho bovino e caprino morrendo por falta de pasto, e não podermos fazer nada”. Pedro conta que já tive vários prejuízos.

“Já perdi até a conta de quantos animais chegaram a morrer em minha propriedade, e continuam morrendo, porque eu não tenho condições de comprar ração ou milho para dar ao rebanho, e mesmo, que tivesse em Tauá, não se tem onde comprar, porque o armazém da Conab, que tinha no município, foi fechado”. Segundo o agricultor, “os produtores rurais estão com as mãos na cabeça, desesperados, sem saber mais o que fazer”.

Aiuaba
Aproximadamente seis mil pessoas estejam passando sede no município de Aiuaba. Uma das alternativas são as cacimbas ou pequenos barreiros, que a Prefeitura tem buscado cavar com o auxílio das máquinas do PAC, que nem sempre estão disponível, por causa da grande demanda, e, assim, às vezes, “o esforço é em vão, porque cava-se o solo e muitas vezes não se encontra água”, afirmou o presidente da federação. De acordo com ele, além do distrito Bom Nome, as comunidades Assentamento da Lindreza e Barra Verde estão também muito afetadas pela seca, apesar do número de carros-pipas que estão fazendo o trabalho de distribuição de água.

A aposentada Francisca Maria de Castro considera preocupante a situação da falta de água “Nós não temos pastos para os animais, eles já estão começando a morrer. Em minha propriedade, que fica no sítio Cedro, eu já perdi várias cabeças de bovinos e caprinos”, relata, afirmando que se pode já perceber ao longo das estradas vicinais que cruzam a sua fazenda, carcaças de animais mortos contrastando um cenário desolador.

“Sou pobre, não tenho condições de comprar ração ou milho, mesmo porque o governo federal não nos facilita com um preço mais acessível, e, se não chover, as coisas poderão piorar mais ainda”. Ela diz que está pensando em vender a propriedade e ir embora para outro lugar, “deixando a saudade de uma vida tranquila e os meus bichos de estimação. Eu não aguento acordar pela manhã e observar os meus ovinos e caprinos berrar com fome”. (Com informações de Amaury Alencar).

Fonte: Portal O Estado
Link: http://bit.ly/2jqOQXT
Última atualização: 31/01/2017 às 13:49:10
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