Mesmo com a redução da taxa Selic (de 14,25% para 13,75% em outubro) os juros cobrados pelos bancos resistem em cair. A justificativa está na alta do spread bancário nos meses de outubro e novembro. A diferença entre as duas taxas subiu de 41,2% para 41,8% ao ano.
A taxa média de aplicação, como o Banco Central chama os juros dos clientes finais, acumula alta de 0,5 ponto percentual em outubro e novembro, passando de 53,4% para 53,9% ao ano.
O indicador do spread divulgado pelo BC registrou queda de 0,4% em novembro, porém houve alta de 1 ponto percentual em outubro. Assim, a elevação acumulada no último trimestre de 2016 é de 0,6 ponto percentual.
Os bancos alegam que a inadimplência, a tributação e o compulsório são altos no Brasil. Mas, na verdade, não há justificativa para o spread bancário ser tão alto no país. Como não há regulamentação do sistema financeiro, as empresas deitam e rolam.
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