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Saiu na Imprensa

  21/12/2016 

Brasil - Reintegrações de Posse marcam acirramento da luta pela terra no interior de São Paulo

Dois assentamentos rurais organizados pela FNL (Frente Nacional de Lutas), no interior do estado de São Paulo, foram alvo de ações de despejo durante essa semana. Na última segunda-feira (19), foi executada a reintegração de posse na Fazenda Bom Retiro, em São Carlos, ocupada desde 10 de dezembro. E, a qualquer momento, está prevista outra reintegração na cidade de Itirapina, num terreno ocupado há mais de dois meses.
 
O advogado do movimento e membro do Setorial do Campo da CSP-Conlutas, Waldemir Soares Júnior, relatou as especificidades de cada ocupação: “A reintegração de posse da Fazenda Bom Retiro, em São Carlos, foi realizada à pedido da Usina Maringá Indústria e Comércio LTDA e desalojou aproximadamente 30 famílias. No caso de Itirapina, são mais de 200 famílias que resistem num terreno que é objeto de disputa judicial entre o governo federal e um particular, o acampamento está localizado na área que pertence à União”, relatou.
 
Dois pesos e duas medidas
Waldemir também destacou que o Poder Judiciário tem lado, e não é o lado dos mais fracos, dos trabalhadores e do povo pobre: “O Judiciário funciona com impressionante agilidade para defender o agronegócio, que é resultado da união dos grandes fazendeiros com os banqueiros e as empresas multinacionais. Buscam criminalizar os movimentos de luta, como a FNL, expedindo mandatos e executando reintegrações em tempo recorde.
 
No entanto, quando se trata dos direitos do trabalhador rural, só observamos morosidade e nenhum compromisso. Essas famílias ainda terão que penar nos acampamentos até que ocorram as emissões de posses, em virtude da lentidão na efetivação dos assentamentos” denunciou.
 
Em defesa da Reforma Agrária
Mesmo diante de todas as dificuldades impostas, os camponeses e camponesas continuaram lutando pela Reforma Agrária, ocupando e resistindo contra ao avanço do latifúndio, do agronegócio e das corporações. Movimentos como a FNL se fortalecem e  enfrentam a política de Estado de não-reforma agrária, que atende exclusivamente aos interesses do capital e não dos trabalhadores sem terras e do modelo sustentável que defendem.
 
Waldemir ainda pontua a necessidade de um conjunto de medidas que consolidem no campo o núcleo familiar e comunitário com garantia de infraestrutura, educação, saúde, cultura, esporte e crédito. “Nós não arredamos o pé. Continuamos lutando pela reforma agrária, contra o latifúndio no campo!”, conclamou.
Fonte: Portal CSP - Conlutas
Link: http://bit.ly/2i0bJNs
Última atualização: 21/12/2016 às 10:39:29
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