Ao invés de cortar políticas sociais superavitárias e verbas essenciais para a saúde e educação, o governo Temer deveria fiscalizar melhor os devedores da União.
De acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, 12.859 devedores são responsáveis por 63,7% da dívida brasileira (R$ 900 bilhões), que subiu de R$ 1,58 trilhão em 2015 para R$ 1,8 trilhão até o início de novembro.
O tamanho dos calotes mostra que não é possível que dívidas pessoais e jurídicas batam a casa dos bilhões só por causa da crise. Entra aí também muita sonegação, evasão de dívidas e blindagem patrimonial.
Falta fiscalização do governo, que prefere fechar os olhos para as irregularidades e usar a tesoura apenas para cortar investimentos sociais e direitos trabalhistas, importantes para a geração de renda e consumo.
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18/11/2016
