O cenário de seca já é registrado em praticamente todo o território nordestino, até mesmo nas faixas litorâneas
Após cinco anos consecutivos de seca, uma em cada duas cidades da região Nordeste está em estado de emergência.
De acordo com o Monitor de Secas do Nordeste do Brasil, que é desenvolvido pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a estiagem atingiu em setembro o estágio mais avançado dos últimos 12 meses.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Raul Fritz, meteorologista da Funceme, ressaltou que “o último registro de cinco anos seguidos de seca nos últimos 100 anos foi entre 1979 e 1983. Mesmo assim, a atual já é pior, pois tivemos menos chuva”.
O cenário de seca já é registrado em praticamente todo o território nordestino, até mesmo nas faixas litorâneas. Entre os impactos negativos causados pela estiagem estão perda de lavouras, morte de rebanhos e esvaziamento de reservatórios de água.
Além dos reservatórios, barragens de pequeno e médio porte também já secaram. Um total de 260 cidades de seis estados da região Nordeste estão enfrentando racionamento ou estão em colapso no fornecimento de água.
O estado da Paraíba enfrenta a pior situação. Um total de 118 cidades estão com problemas no abastecimento de água, sendo que 30 delas estão em colapso no fornecimento e dependem apenas de poços ou carros-pipa.
Atualmente, 824 cidades em áreas de seca são abastecidas com carros-pipa. O custo é de R$ 86,8 milhões mensais.
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