A Câmara Federal deve votar, hoje, a PEC 241, que estabelece um teto para os investimentos em saúde, educação e para o salário mínimo pelos próximos 20 anos. Se aprovada, os impactos da proposta serão muitos. Áreas fundamentais para o desenvolvimento do país terão cortes bruscos e, depois de sucateadas, certamente serão privatizadas.
O discurso do governo Temer é retomar o crescimento econômico. Para isso, quer cortar em setores fundamentais para reduzir as desigualdades sociais. Deixar a educação sem recurso por 20 anos significa tirar milhões de crianças e jovens carentes de creches, escolas e universidades.
O mesmo vale para a saúde e os programas de inclusão social. A proposta de Temer, que, diga-se de passagem, tem o apoio irrestrito da grande mídia, pode acabar com o SUS (Sistema Único de Saúde). Também coloca em risco o Bolsa Família.
Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que R$ 868 bilhões podem ser tirados das políticas de assistência social. A aposentadoria para os trabalhadores de baixa renda será praticamente impossível. As ameaças, portanto, são muitas e reais.
A mobilização neste momento é essencial. A PEC já foi aprovada no primeiro turno. Se passar pela Câmara Federal segue para o Senado, onde também acontece votação em dois turnos.
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