O evento contou com a presença do presidente Michel Temer (PMDB) e tinha o objetivo de atrair parlamentares e garantir quórum para a votação de hoje. Para o governo, a aprovação da PEC é uma vitória em várias frentes. Primeiro porque mostra força política. Segundo, sinaliza capacidade de redução de gastos ao mercado. Por fim, é um dos passos da nova gestão para o equilíbrio de contas.
No primeiro turno, que teve 366 votos a favor da PEC e 111 contra, também foi oferecido jantar para aliados. Desta vez, o Planalto quer aumentar a expressividade da votação e vai tentar alcançar 400 votos.
“Mapeamos e conversamos com deputados durante todo o fim de semana e a expectativa é de votação um pouquinho melhor que no primeiro turno”, disse o líder do governo na Câmara, André Moura (PMDB-SE) à imprensa. Ele disse ainda que encontro será informal.
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) disse que a ordem dos partidos é manter a votação e tentar ampliá-la neste segundo turno. “A questão da prisão de Eduardo Cunha até o momento não transparece nenhuma instabilidade em relação à votação de segundo turno”, disse.
Oposição
Na oposição, o PT e o Psol fazem mobilizações contra a aprovação da PEC que limita gastos em diversas áreas pelos próximos 20 anos. O deputado José Guimarães (PT-CE) disse que o dia ontem foi de maratona nos aeroporto de Brasília para pressionar os deputados.
“Na hora em que começam a ser pressionados pelos movimentos que sofrerão com cortes na saúde e na educação, eles começam a recuar. É possível que seja adiada a votação, por quórum pequeno, eles não vão correr risco de perder”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que espera que as galerias estejam cheias de manifestantes no horário da votação. Na reta final das eleições municipais, deputados ainda na disputa em suas regiões podem estar ausentes da votação, que precisa de pelo menos 308 favoráveis à PEC para que haja aprovação.