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Saiu na Imprensa

  11/10/2016 

O acordo possível em tempos difíceis

Depois de uma greve histórica, os bancários retornam ao trabalho com o melhor acordo salarial possível neste conturbado momento em que vive o país. Com um golpista à frente do Governo Federal, os trabalhadores vêm sofrendo todos os dias com as notícias de projetos e medidas que retiram direitos. O aumento da idade para a aposentadoria, a liberação da terceirização irrestrita e a flexibilização da CLT são questão defendidas abertamente pelo governo Temer, que já anunciou também a intenção de privatizar tudo quanto for possível, além de cortar investimentos para satisfazer ao Mercado, que tem como principal expoente, o setor financeiro.

 
Foi neste cenário que se deu a greve dos bancários. Desde o início da campanha, os bancos deixaram claro que não atenderiam às reivindicações da categoria, em especial, a garantia de emprego e o aumento real nos salários. Foram quatro rodadas de negociação até a apresentação da primeira proposta, com 6,5% de reajuste e abono de R$ 3 mil no dia 29 de agosto.  Cansados de desrespeito, os trabalhadores decidiram entrar em greve a partir do dia 6 de setembro.
 
O movimento começou forte e coeso, obrigando os bancos a convocarem uma nova rodada de negociação. Depois de dois dias de debate, os patrões elevaram o reajuste para 7% e o abono para R$ 3.300. Tudo muito aquém do que os bancários pediam. O impasse se deu e a proposta foi rejeitada ainda na mesa de negociação.
 
A greve seguiu forte, com a adesão de um número cada vez maior de trabalhadores, inclusive de gestores médios da Caixa e do Banco do Brasil, que entenderam a importância do momento.
 
As tentativas de minar o movimento também seguiram forte, com assédios, ameaças, interditos proibitórios, ataques constantes da mídia e a intervenção judicial da OAB, que em uma conduta vergonhosa conseguiu liminares em diversos estados para obrigar a reabertura das agências. A seccional de Pernambuco foi ainda mais longe e pediu a prisão da presidente do Sindicato dos Bancários, o que felizmente não foi aceito pela Justiça.
 
Foram 30 dias de greve e 10 rodadas de negociação até que se chegasse à proposta aceita pela categoria. “Os 8% de reajuste e R$ 3,5 mil de abono não é o que os bancários queriam, mas foi o melhor possível no momento. Os bancos jogaram todo peso para nos impor um reajuste abaixo da inflação. Resistimos até onde foi possível, com altivez e unidade, mas, sentimos que não tinha mais como avançar neste quesito”, analisa o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que integra o Comando Nacional.
 
“Não conseguimos o aumento real este ano, mas chamo atenção para aspectos importantes da proposta. O acordo por 2 anos, com a garantia de aumento real mesmo que pequeno em 2017, que foi muito criticado, inclusive por mim no início, acabou nos permitindo forçar a validade por 2 anos também dos acordos específicos nos bancos públicos, o que garante também as PLRs sociais distribuídas linearmente, além de todas as cláusulas específicas. Em tempos de governo golpista de Temer, com ataques sistemáticos aos nossos direitos, foi uma garantia importante. O abono integral dos dias parados, que não  tinha acontecido há muitos anos, também foi uma conquista importante”, ressaltou Emanoel, lembrando que ao menos este ano serão os grevistas quem vão poder zoar os fura greve.
 
Depois da greve, agora a categoria precisa se recompor, fazer uma avaliação do movimento e se preparar para as lutas contra a retirada de direitos e em torno das questões específicas de cada banco. “A campanha salarial está acabando, mas a luta da categoria por emprego, saúde e melhores condições de trabalho segue firme”, concluiu o presidente da Federação.
 
Fonte: Portal Sindicato dos Bancários - Seeb/SE
Link: http://bit.ly/2dI2ksI
Última atualização: 11/10/2016 às 09:05:28
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