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Saiu na Imprensa

  07/10/2016 

Após greve histórica, bancários aprovam proposta da FENABAN

Mesmo com duras críticas, os bancários capixabas aprovaram proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê acordo bianual com reajuste de 8% para salário em 2016, mais abono de R$3,5 mil, 15% de aumento no vale-alimentação, 10% no vale-refeição e no auxílio creche/babá. Para 2017, a garantia é de inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e demais verbas.

A decisão foi tomada após 31 dias de greve, em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira, 06, no Centro Sindical dos Bancários. O movimento paredista foi o mais longo desde 2004.

A assembleia contou com a presença de mais de 400 bancários e bancárias, de bancos públicos e privados. Além da proposta da Fenaban, foram aprovadas também as propostas de Acordo específico do BanestesBandes,Banco do Brasil e Caixa, todos aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho.

“Essa proposta é insuficiente diante do lucro dos bancos. Não repõe a inflação e impõe perdas à categoria. O que os bancos querem, em conjunto com esse governo federal ilegítimo, é impor uma derrota à classe trabalhadora, e os ataques que estão por vir atingirão a todos; é o arrocho salarial, a reforma da previdência, a terceirização, a perda de direitos. Muita coisa está sendo orquestrada e precisa da nossa resistência”, destacou Idelmar Casagrande, diretor do Sindibancários/ES que compõe o Comando Nacional.

“Somos a única categoria nacional que sobreviveu ao neoliberalismo de forma organizada, e somos também a primeira vítima do governo golpista de Temer. E porque é importante derrotar os bancários? Por que é necessário quebrar nossa organização para passar a terceirização, a reforma da previdência, a privatização dos bancos públicos e outros projetos nefastos aos trabalhadores. Não podemos fazer de conta que não estamos vendo. É por isso que estão fazendo, na Caixa, o enxugamento do Plano de Cargos e Salários, a reestruturação, a extinção das funções de caixa e tesoureiro. É uma preparação para a privatização do banco. E se a gente não se mexer, vamos perder tudo o que conquistamos com nossa luta”, diz Rita Lima, chamando a atenção dos bancários  e bancárias para a necessidade de continuar a mobilização e a resistência contra a retirada de direitos.

Apesar das críticas, a categoria avalia que foi a força da greve que fez avançar as negociações, melhorando a proposta inicial.

“Foi necessário uma greve histórica, de 31 dias, com recorde de paralisação do Espírito Santo e grande adesão nacional para quebrar a intransigência dos bancos. Saíamos dessa paralisação com a cabeça erguida, certos de que foi a unidade e a força da categoria que garantiu as conquistas que temos hoje. Mas nossa luta não termina aqui, ela continuará viva, em busca da garantia de emprego, melhores condições de trabalho e atendimento digno aos clientes”, diz Jonas Freire, coordenador geral do Sindicato.

Proposta dos bancos

  • Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016
  • Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas.
    PLR 2016
  • PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88
  • PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07
  • Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica –  54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53
  • PLR 2017 – Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.

Pisos 2016

  • Piso portaria após 90 dias – R$ 1.487,83.
  • Piso escritório após 90 dias – R$ 2.134,19.
  • Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.883,01 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
    Vales e Auxílios 2016
  • Auxílio-refeição – R$ 32,60.
  • Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 565,28.
  • Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 434,17.
  • Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 371,43.
  • Gratificação de compensador de cheques – R$ 165,65.
  • Requalificação profissional – R$ 1.457,68.
  • Auxílio-funeral – R$ 978,08.
  • Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 145.851,00.
  • Ajuda deslocamento noturno – R$ 102,09.
  • Vale-Cultura, valor de R$50,00, mantido até 31/12/16.
  • 2017 – Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.

Histórico das negociações

  • A primeira proposta foi apresentada pela Fenaban no dia 29 de agosto, na 4 rodada nacional de negociação. Os bancos propuseram índice de 6,5% de reajuste, mais abono de R$ 3 mil. A proposta foi rejeitada em assembleias em todo o país, no dia 1º de setembro, que aprovou indicativo de greve a partir do dia 06. No Espírito Santo, o primeiro dia de greve contou com adesão de 255 agências.
  • Após três dias de greve, nova negociação foi realizada, no dia 09 de setembro, na qual os bancos elevaram a proposta inicial para 7% de reajuste e R$ 3,3 mil de abono. A proposta foi rejeitada ainda na mesa de negociação pelo Comando Nacional.
  • Duas novas rodadas de negociação aconteceram nos dias 13 e 15 de setembro, mas não houve avanços. A entidade patronal apenas manteve a proposta já rejeitada pela categoria.
  • Em rodada iniciada no dia 27 e encerrada no dia 28 de setembro, a Fenaban apresentou aos trabalhadores um novo modelo negocial com proposta de acordo válido para dois anos – 2016 e 2017. A proposta incluía índice de 7% para salários e demais verbas em 2016, com abono de R$ 3,5 mil; e índice composto de inflação (INPC) mais 0,5% para 2017. Os bancários consideraram os valores insuficientes e criticaram o fato de não haver uma proposta global que contemplasse as cláusulas de emprego, saúde e condições de trabalho.
  • A proposta final veio apenas no trigésimo dia da greve da categoria, que bateu recorde de agências fechadas no Espírito Santo – 359 nessa quinta-feira, 06.
Fonte: Seeb ES
Link: http://www.bancarios-es.org.br/apos-greve-historica-bancarios-aprovam-proposta-da-fenaban/
Última atualização: 07/10/2016 às 09:46:24
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