A greve dos bancários chega ao vigésimo oitavo dia sob a lamentável marca da intransigência, insensibilidade e descaso, sem limites, dos patrões, banqueiros e governo, tanto em relação aos empregados, quanto aos usuários dos bancos. Isto pela “incapacidade” de até o momento não atenderem às justas reivindicações da categoria; por insistirem em reduzir os salários com uma proposta miserável de 7%, abaixo da inflação, que é de 9,62%, conforme o INPC do período - setembro de 2015 a agosto de 2016 - mais a ideia absurda de acordo bianual, com um acréscimo de 0,5% sobre a inflação de 2016 a 2017, além de R$ 3.500,00 a título de abono, verba que não é incorporada aos salários e que por isso mesmo não integra a pauta de reivindicações dos trabalhadores.
Mas, se por um lado os patrões plantam arrogância e desdém, por outro colhem a união, a organização e a resistência dos trabalhadores, que não se rendem e se mantêm firmes. Dizem não ao abuso representando pela proposta e reafirmam a intensificação da greve. Agora, mais do antes da deflagração, é necessária a participação de todos! É fundamental a solidariedade dos que ainda não aderiram com os que já estão em greve, entrando na luta, pois os motivos são iguais para todos, ocupe o posto ou função que ocupar, sendo também as conquistas iguais para todos. Quanto maior for o peso e a força da greve maior será a possibilidade de vitória.
E no Banco do Nordeste do Brasil (BNB)?
As conquistas resultantes da luta são de natureza geral da categoria e também específicas de cada banco. No BNB, por exemplo, os funcionários sofrem uma verdadeira “via crucis” há anos, com demandas justas, na busca por valorização e reconhecimento pelo trabalho que desenvolvem em prol da instituição e da própria sociedade, haja vista a missão institucional e o pape social que o Banco cumpre.
A AFBNB reitera que a Diretoria do BNB tem o dever de dar essa satisfação aos seus trabalhadores; de assumir o protagonismo urgentemente nas negociações específicas, e assim romper o silêncio que lamentavelmente tem sido a marca do Banco não só agora, mas nas greves anteriores, ao se escudar na Fenaban, entidade que tem a propriedade de negociar as demandas dos Bancos privados. É obrigação do BNB de maneira positiva já!
Apesar de saberem não é demais lembrar que a luta no BNB é, dentre várias bandeiras, por: reposição das perdas salariais, reformulação do plano de cargos e remuneração (PCR), isonomia de tratamento, fim do trabalho gratuito e convocação dos aprovados no concurso, melhores condições de trabalho principalmente nas agências, mais segurança, dignidade previdenciária e de saúde, por uma política de RH com transparência e isonomia, por...
Por negociação específica e positiva urgentemente!
AFBNB, 30 anos ao lado dos trabalhadores.
Gestão Autonomia e Luta.
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