Mais uma decepção. Depois de 12 dias de silêncio, os bancos, pressionados pela greve, reabriram o processo negocial, nesta terça-feira (27/09), com reunião em São Paulo. Mas, ao invés de apresentarem uma proposta decente, coerente com a alta lucratividade do setor, mantiveram uma postura de inflexibilidade, pois não avançaram no índice de reajuste e, para agravar a situação, querem validade de dois anos para o Acordo Coletivo.
Trabalhadores e representantes dos bancos voltam a se reunir na tarde desta quarta-feira (28/09), a partir das 15h. Pela manhã está prevista reunião da Fenaban. Os bancários reafirmaram, nesta terça-feira (27/09), que não abrem mão da recomposição das perdas e uma proposta ampla que contemple emprego, piso salarial, saúde, vales, creche, segurança e igualdade de oportunidade.
Nesta quarta-feira (28/09), a greve completa 23 dias. Os bancários querem 14,62% de reajuste, no entanto a Fenaban oferece apenas 7% mais abono de R$ 3,3 mil. Somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos em operação no país – BB, Santander, Bradesco, Itaú e Caixa – obtiveram lucro líquido de R$ 29,7 bilhões. Quer dizer, têm plenas condições de atender as reivindicações dos trabalhadores.
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