A semana foi marcada por negociações improdutivas. Culpa dos bancos, que continuam a insistir em uma proposta abaixo da inflação - 7% - mais abono de R$ 3,3 mil. O índice oferecido pelo setor mais rico da economia nacional representa perda salarial de 2,62% para os bancários, já que o INPC do período foi de 9,62%.
Só a forte mobilização nacional pode pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a marcar nova reunião. As negociações estão suspensas e não há previsão para novo encontro. Os bancos não agendaram. Descaso.
Na verdade, o que as organizações financeiras tentam é retomar a política de abono salarial, própria de governos neoliberais, que ludibria os interesses reais da categoria.
Além do índice apresentado não ser vinculado aos ganhos nos salários e benefícios, a proposta é estritamente econômica. Ou seja, não toca em nenhuma cláusula social, essencial para os empregados, como contratações, segurança e fim do assédio moral.
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