No primeiro dia da greve nacional dos bancários diversas agências de bancos públicos e privados em Alagoas permaneceram fechadas durante a manhã, numa demonstração de que o movimento da categoria é forte e tende a crescer nos próximos dias. O nível de adesão na capital era de 70% até às 10 horas, com o Sindicato fortalecendo as comissões de convencimento para ampliar a paralisação.
Um levantamento sobre a greve na capital e no interior está sendo feito pela entidade, para posterior divulgação à imprensa e aos bancários. A Contraf-CUT também realiza levantamento nacional para apontar quantas agências/unidades já paralisaram e qual é o percentual.
"O crescimento da greve, seja em Alagoas ou no âmbito nacional, será fundamental para forçar os bancos a voltar à mesa de negociação e apresentarem uma proposta decente aos bancários", ressalta o presidente do Sindicato, Jairo França. Ele destaca que a participação voluntária na greve e na sua organização é ainda mais importante este ano, sobretudo nos bancos públicos. "O convencimento tem que partir dos próprios companheiros".
Até hoje pela manhã a Federação Nacional dos Bancos não havia acenado com um novo pedido de negociação. Como em anos anteriores, a entidade patronal acompanha a evolução do movimento grevista e os prejuízos que os bancos estão tendo, para poder se pronunciar. "Eles estão medindo nossa capacidade de luta e mobilização. E nós vamos intensifica-la", acrescenta Jairo.
Com cerca de R$ 30 bilhões de lucro só no primeiro semestre deste ano, os bancos não estão em crise e tem todas as condições de atender as reivindicações dos trabalhadores. Reajuste salarial abaixo da inflação, como a Fenaban está propondo, é um desrespeito e provocação aos bancários, que sofrem diariamente para aumentar o lucro das instituições financeiras, enfrentando metas abusivas, assédio moral, sobrecarga de trabalho e ameaças de demissão, entre outras mazelas.
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