Os bancos não deixam outra opção para os bancários, apenas a greve. A categoria paralisa as atividades por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (06/09), depois de cinco negociações com a Fenaban.
A Federação Nacional dos Bancos insiste numa proposta econômica rebaixada, de reajuste salarial de 6,5%. O índice representa perda real de 2,8%, de acordo com a inflação em 9,57%. Para se ter ideia, em um ano, o bancário terá perda de R$ 436,39 nos vales alimentação e refeição com o valor oferecido.
As empresas negligenciam ainda as cláusulas sociais e nada apresentaram sobre proteção ao emprego, contratação para reduzir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento ao cliente, segurança e atenção à saúde com o fim do assédio moral e das metas.
Outros pontos foram negados de cara, a exemplo da renovação do vale-cultura, fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres e o vale-refeição na licença-maternidade. Muito descaso do setor que mais lucra na economia nacional. Entre janeiro de 2016 a junho, foram quase R$ 30 bilhões.
Assembleia
Motivados para fazer uma greve forte e eficaz, os bancários da base do Sindicato dos Bancários da Bahia compareceram à assembleia, realizada no Ginásio de Esportes, ladeira dos Aflitos, para organizar os últimos detalhes da paralisação.
O presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, explica que a orientação é que todas as agências fechem já no primeiro dia. Por isso, a participação e a colaboração são importantes. “Vamos entrar em greve por conta da intransigência dos bancos, que ofereceram apenas 6,5% de reajuste salarial. Precisamos fazer um movimento para conquistar vitórias”.
O presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, lembra que a categoria é a primeira a entrar em greve após o golpe no país. Muitos direitos estão em jogo. “Os bancos não deixaram alternativa a não ser parar as atividades”. Nesta quinta-feira (08/09), acontece nova assembleia, no Ginásio de Esportes, às 18h, para avaliar o movimento.
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06/09/2016
