Saiu na Imprensa

Os bancários vão ter que esperar até a próxima segunda-feira, 29 de agosto, pela primeira resposta dos bancos em relação à pauta de reivindicações da campanha salarial 2016. Na reunião desta quarta-feira (24), em São Paulo, a Feanaban se negou mais uma vez a apresentar qualquer proposta sobre remuneração, PLR, auxílio-educação, vale cultura, emprego, saúde, segurança e igualdade de oportunidades.

 

Na mesa de negociação, os banqueiros negaram a alta rotatividade no setor, dizendo que esta é a mais baixa do país, jogando nas costas dos mais jovens a reponsabilidade pelo grande número de dispensas no setor. Culparam também as mulheres pela falta de ascensão profissional, alegando que não assumem postos de comando, pois interrompem a carreira para cuidar dos  filhos e da família.

 

Também não houve sinais de avanços no debate das demais reivindicações da minuta, como a extensão do vale-cultura (lei expira em dezembro), auxílio educação, parcelamento do pagamento das férias e atendimento médico e psicológico aos familiares dos bancários vítimas de sequestros e assaltos aos bancos. Sobre a reclamação dos trabalhadores em relação à revista, que têm sido submetidos nas agências, a Fenaban afirmou que os casos precisam ser discutidos entre os sindicatos e cada banco, para que não haja abusos.

 

Sobre as demandas de saúde também não houve novidades. Os dirigentes sindicais revindicam o fim das metas abusivas e do assédio moral. O Comando Nacional também quer mudanças no processo de retorno ao trabalho, e que os bancos assegurem condições seguras e saudáveis para reinserção do trabalhador que volta da licença-saúde.

 

Na avaliação do secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que participou da reunião, os banqueiros já sinalizaram que vão repetir a proposta indecente do ano passado, com reajuste abaixo da inflação. “A conversa de hoje nos remete a intensificar as visitas nas agências para dialogar com os bancários sobre a necessidade da mobilização e participação de todos  na campanha salarial”.