O Ceará concentra 75,6% dos valores em prospecção para projetos em energia eólica e solar do programa FNE Sol, linha de crédito do Banco do Nordeste destinada à micro e minigeração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Os números foram apresentados ontem, durante visita do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
São 14 projetos que, somados, atingem R$ 22,4 milhões em pedidos de recursos. Segundo o BNB, outros estados do Nordeste contabilizam R$ 7,2 milhões e somam 20 operações. “Estamos praticamente com um mês de programa. Será um crescimento exponencial no Nordeste. A demanda existe e o produto é competitivo”, explica Marcos Holanda presidente do BNB.
Em operações já contratadas, o Ceará têm três projetos, que respondem por R$ 491 mil. Com os outros estados, esse número sobe para 11. O montante total é de R$ 3,1 milhões de recursos contratados. “A microgeração também tem a capacidade de gerar emprego. Com a conta reduzida, o comerciante ganha competitividade, repassando isso para os preços”, reforça Marcos Holanda.
O programa FNE Sol foi lançado no dia 29 de maio e possui juros entre 6,5% a 11% ao ano, de acordo com o porte do cliente, além de ter prazo de pagamento de 12 anos e carência de seis meses a um ano após o fechamento do contrato. Tem a possibilidade de aceitação de alienação fiduciária dos equipamentos financiados.
Leilões
O ministro Fernando Coelho Filho disse que o Governo Federal deve continuar com a política de leilões para contratar energias solar e eólica por meio dos leilões, mas destacou a necessidade de projetos com a geração distribuída.
E que o Ministério de Minas e Energia estudará formas de aprimorar a definição sobre a contratação de fontes renováveis nos certames. O próximo leilão com energias limpas ocorrerá em outubro.
“Perdemos muito a racionalidade da contratação de energia. Não critico o modelo de leilão, mas muitas vezes você não passa a realidade para o consumidor do custo do que ele está contratando. Você compra energia mais barata só que longe do centro de carga”, afirmou o ministro sobre o custo da transmissão de energia. Segundo ele, o Governo estuda medidas para criar linhas de crédito com outros bancos para atender outras regiões do País.
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