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Saiu na Imprensa

  20/06/2016 

Mundo - Virgínia Raggi é eleita primeira prefeita de Roma

Candidata antissistema tem 67% dos votos, segundo primeiros resultados. Movimento 5 Estrelas também venceu em Turim
 
A advogada Virgínia Raggi, de 37 anos, foi eleita prefeita de Roma, neste domingo (19), em uma vitória que representa um duro golpe para o governo do primeiro-ministro Matteo Renzi. Com 80% das urnas apuradas, a candidata do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) aparece com 67% dos votos, bem à frente de Roberto Giachetti, apoiado pelo Partido Democrático (PD, centro-esquerda) de Renzi. No primeiro turno, Virgínia obteve 35% dos votos.
 
O M5S foi fundado pelo humorista Beppe Grillo em 2009. Os resultados das eleições municipais deste domingo, realizadas em 126 cidades italianas, devem confirmar o avanço do M5S, movimento que se tornou, em 2013, o segundo maior partido da Itália, com 25% dos votos nas eleições legislativas. Seu discurso de denúncia sistemática da corrupção política continua a angariar adesões.
 
"Hoje é algo muito especial. Temos a sorte de ter alguém novo que poderá mudar as coisas. Todos os outros fracassaram. Espero que eles consigam", disse à AFP o aposentado Aldo, de 72 anos, que votou no M5S em Roma. A denúncia da corrupção foi a palavra de ordem da campanha de Virgínia Raggi. Ela não divulgou, porém, muitos detalhes de seu programa para reduzir a enorme dívida da cidade (12 bilhões de euros). Tampouco antecipou nomes de sua futura equipe.
 
Essa última questão é essencial, já que o M5S não conta com políticos veteranos, o que já se notou em sua gestão das cidades onde governa, como Parma, ou Livorno. Nos últimos dias, a imprensa italiana criticou Virgínia por não ter declarado receitas provenientes de consultorias, o que a candidata nega.
"Não sabem mais como me atacar. Já esclareci. Está tudo declarado", afirmou ela.
 
A reta final da campanha não contou com a presença de Renzi, que está na Rússia, nem com a de Grillo. Tampouco se ouviu a voz de Matteo Salvini, o líder da Liga Norte. Silvio Berlusconi, que tenta sem sucesso continuar sendo o líder da centro-direita na Itália, continua hospitalizado, após uma cirurgia de coração aberto. Essas eleições "deixarão uma marca na política italiana, uma marca de descontinuidade e uma possível ruptura do sistema", afirmou no sábado, em um editorial, o diretor do jornal "La Repubblica", Mario Calabresi.
 
Com o M5S, "elegeram-se as caras novas e a simpatia, considerou-se a inexperiência como o maior valor. E se associou à esperança", completou, comparando seus militantes com passageiros que assumem o controle de um avião em protesto pelos atrasos nos voos e pelos benefícios dos pilotos.
 
Outras cidades italianas
Em Turim (noroeste da Itália), outra novata do MS5, Chiara Appendino, de 31, derrotou com cerca de 54% o veterano prefeito em final de mandato Piero Fassino, do PD. "Fizemos história", comemorou Chiara, em sua conta no Twitter.
 
Já em Milão (norte), a capital econômica do país, o candidato do PD Giuseppe Sala venceu a disputa com mais de 51% dos votos, segundo resultados quase definitivos.
 
O partido de Renzi manteve Bolonha (centro do país), um histórico reduto eleitoral da esquerda, mas, em Nápoles, a sigla sequer chegou ao segundo turno. Lá, o prefeito em final de mandato, Luigi De Magistris, um atípico político de esquerda e inimigo de Renzi, voltou a ser o mais votado.
 
Na última sexta-feira (17), De Magistris anunciou a fundação de um novo movimento de esquerdas, após as eleições.
 
Participação nas eleições
As seções eleitorais abriram as portas às 7h locais (2h, horário de Brasília) e encerraram suas atividades às 23h (18h, horário de Brasília) em 126 municípios. Cerca de 9 milhões de eleitores eram esperados para votar.
 
De acordo com uma primeira estimativa do Ministério do Interior italiano, a participação chegou a pouco mais de 50%.
 
Há semanas, Matteo Renzi tenta minimizar o impacto do já esperado mau desempenho de seu partido nas eleições municipais, garantindo que seu único objetivo é o referendo de outubro sobre a reforma constitucional. O primeiro-ministro já anunciou que, em caso de derrota nessa consulta, renunciará ao cargo.

 

Fonte: Portal O Globo.com
Link: http://glo.bo/1Y3eSO8
Última atualização: 20/06/2016 às 09:17:47
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