Durante a cerimônia de lançamento do cartão FNE, nova modalidade de crédito do Banco do Nordeste (BNB), um apelo ficou evidente entre empresários e lideranças políticas: a necessidade de fortalecer o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Este ano o Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio da resolução 4.453, elevou a taxa de juros do FNE de 8,24% para 14,12%. A decisão foi revertida no Senado Federal, mas ainda precisa passar pela Câmara Federal para voltar ao patamar anterior.
Em seus discursos, os governadores do Ceará, Camilo Santana, o de Pernambuco, Paulo Câmara, e o do Piauí, Wellington Dias, falaram sobre a importância de unir esforços para garantir condições diferenciadas do FNE para que os Estados da região possam atravessar o atual momento econômico. "É muito importante essa parceria para encontrar os caminhos e soluções para a nossa região", afirmou Camilo Santana.
Ele destacou que historicamente os estados do Nordeste sofrem com as desigualdades sociais e que a crise tem tido um impacto significativo no aumento de desemprego e na redução destas economias. Na mesma linha, Paulo Câmara afirmou que manter os juros do FNE no patamar em que estão significa dificultar o desenvolvimento.
Ele diz que é preciso desburocratizar e melhorar o ambiente de negocio daqueles que precisam do crédito para investir e gerar emprego. “Precisamos trabalhar em conjunto todos os estados do nordeste pra abaixar a taxa de juros que está alta e precisa ser revista, porque o ambiente exige investimento e emprego para que a gente possa ajudar o Nordeste”.
O senador Tarso Jereissati disse que já existe uma articulação em curso no Congresso para reverter esta medida. “Esta taxa foi absurda. Não tem sentido um recurso que é gratuito ser repassado com preço de recurso oneroso. Já teve uma votação no Senado, vai ter que passar pela Câmara, mas tenho certeza de que o bom senso vai imperar”.
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