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Saiu na Imprensa

  16/02/2016 

Em 48h, mobilizações no campo acontecem em cinco estados

Com diversas pautas, ações de trabalhadores rurais ocorreram ES, GO, MT, RN e RR
 
Trabalhadores rurais realizaram mobilizações em cinco estados do país entre o último domingo (14) e esta segunda-feira (15). Abarcando diversas pautas locais, as ações ocorreram no Espírito Santo, em Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Roraima.
 
Em Goiás, acampados e assentados, ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), estão em protesto, nesta segunda, no pátio da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Goiânia. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais afirmam que não sairão da unidade até serem recebidos pela diretoria do órgão. Cerca de 800 pessoas estão presentes, segundo a entidade.
 
Os manifestantes reivindicam medidas que agilizem ações voltadas para a reforma agrária em Goiás, além de cobrar políticas públicas que beneficiem a produção e a comercialização da agricultura familiar. Os trabalhadores rurais também pedem celeridade na obtenção de terras e no encaminhamento dos processos parados no Incra, titularização dos lotes, crédito para assentados e vistorias em terras que já foram designadas para desapropriação.
 
Outra demanda, segundo Luiz Pereira Neto, diretor de Política Agrária da Fetaeg, é o pleno funcionamento do Programa Nacional do Crédito Fundiário em Goiás. Neto afirma que a viabilidade do programa depende da Unidade Técnica Estadual (UTE). “O programa está parado no Estado porque as UTEs não funcionam. Com isso, os trabalhadores rurais são cada dia mais prejudicados, porque não conseguem se estabelecer na terra, não produzem e não comercializam”, afirma.
 
No Espírito Santo, a sede do Incra também foi ocupada. A ação foi promovida por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Além de pressionar o órgão para que acelere as ações de promoção voltadas para a reforma agrária - demandando o assentamento das famílias acampadas no estado -, o movimento exige o fim do fechamento de escolas no campo e medidas compensatórias frente ao prejuízo causado pela seca na região.
 
Ocupação
 
Após ocuparem um terreno na área do Anel Viário BR 174, no domingo (14), militantes do MST, em diálogo com as forças policiais do estado, se dirigiram ao Instituto de Terras de Roraima (Iteraima). O prédio do órgão foi ocupado pelo movimento.
 
A decisão foi tomada com o objetivo de esclarecer junto ao Iteirama a legitimidade da ocupação anterior. Segundo o MST, diversos documentos que tramitam em autoridades públicas desde 2014 apontam para o fato de que o terreno deve ser destinado à reforma agrária. Os sem terra afirmam que o local pertence ao Estado, a partir de decreto da Presidência da República de dezembro de 2015.
 
O presidente do Iteirama receberia uma comissão do MST na tarde desta segunda (15).
 
Retrocesso
 
No Rio Grande do Norte, o MST também promoveu o trancamento das BRs 304 e 406, em cinco pontos distintos na manhã desta segunda-feira.
 
O objetivo do protesto foi dar visibilidade ao despejo que 150 famílias sofreriam no Acampamento Dandara, no município de Caicó, na região do Seridó. O acampamento estava localizado em uma área da Empresa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).
 
“Mais uma vez o governo federal está mostrando que o agronegócio é seu carro chefe. Com a mão do Poder Judiciário, seguirá criminalizando os movimentos trabalhadores. Nossa resposta não tem como ser outra: massificar as lutas, seguir organizando o povo e colocando a nossa alternativa para o campo brasileiro, a Reforma Agrária Popular”, afirma Lucenilson Angelo, da direção nacional do movimento.
 
Para acampada Selma Ferreira, “o que está acontecendo aqui é um absurdo. Eles não querem só nos despejar, querem que o movimento não fique aqui. A posição dessa empresa não pode imperar, nós nunca tivemos nem contato com ela. Nós precisamos de terra, e não vamos desistir de seguir lutando”, destaca.
 
Segundo Angelo, a Polícia Federal, utilizando um trator, destruiu o acampamento.
Fonte: Portal Brasil de Fato
Link: http://www.brasildefato.com.br/node/34139
Última atualização: 16/02/2016 às 09:59:11
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