O governo federal planeja lançar linhas de crédito no total de R$ 50 bilhões por meio dos bancos públicos para reestabelecer o crescimento da economia voltar em 2016. O crédito deve ir para setores como construção civil, bens de capital e micro e pequenas empresas.
A estratégia de utilizar as instituições públicas para a retomada do crescimento será anunciada pela presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (28/01) na reunião do Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, formado por empresários e membros dos movimentos sociais e sindicais.
Cerca de R$10 bilhões devem ser destinados para a construção civil com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que garante taxas de juros mais baixas do que as de mercado, e outros R$ 10 bilhões devem ir para o setor agrícola, por intermédio do Banco do Brasil.
Os demais setores serão beneficiados por meio de linhas de crédito do BNDES, que podem ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões. Estes empréstimos terão correção pela TJLP (Taxas de Juros de Longo Prazo), hoje de 7,5%, mais um "spread" – a taxa final deve ficar entre 15% e 18%.
Reformas
Além dos créditos importantes para a retomada do desenvolvimento, outras mudanças devem ser divulgadas pelo Ministério da Fazenda a fim de reduzir os gastos públicos do governo. Entre elas, a reforma da Previdência é a mais preocupante para os movimentos sociais. Não é hora de retirar os direitos dos trabalhadores para garantir a sustentabilidade das contas públicas. Taxar os mais ricos e combater a sonegação de impostos são melhores opções.
|
28/01/2016
