O ritmo alucinante nas agências bancárias tem feito cada vez mais vítimas. Em busca de lucros cada vez maiores, os bancos não poupam ninguém. Quem não se enquadra é dispensado. A pressão, o assédio moral e o medo de perder o emprego da noite para o dia da forma mais cruel possível têm adoecido cada vez mais funcionários.
Dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) apontam um crescimento de 40,4% no índice de afastamentos de bancários entre 2009 e 2013. Os problemas de cunho psicológico são hoje os que mais preocupam. Os benefícios acidentários por transtornos mentais pularam de 2.957 para 5.042 no período, elevação de 70,5%.
Em todo o ano de 2013, 18.671 bancários tiveram de se afastar do trabalho. A tendência continuou em 2014, quando até março 4.423 trabalhadores precisaram se licenciar, a maioria (26,1%) por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico.
O quadro preocupa a todos, menos aos bancos. Há denúncias, por exemplo, de empresas que, mesmo ciente de que o funcionário está inapto ao trabalho, fazem de tudo para que volte às atividades. Um completo absurdo.
|
27/11/2015
