Os bancários fazem uma greve histórica. A mais forte dos últimos anos. Graças ao empenho de cada trabalhador, a Fenaban apresentou, nesta quarta-feira (21/10), nova proposta de reajuste salarial de 8,75%.
No entanto, ainda é pouco e o Comando Nacional rejeitou de cara. Na terça-feira (20/10), a Federação Nacional dos Bancos já havia oferecido 7,5%, índice também recusado.
Sentindo que a categoria não vai ceder, as empresas pediram uma nova negociação, nesta quinta-feira (22/10), a partir das 14h (horário de Brasília), em São Paulo. Desta forma, também ficam para quinta as rodadas específicas com o BB e a Caixa.
O presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, ressalta que a proposta segue incompatível com os lucros obtidos pelos bancos - R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre, alta de 27,3% ante o mesmo período de 2014. "O índice oferecido continua sem repor a inflação, em 9,88%. Sem dúvidas um prejuízo aos bancários. Assim, a greve continua. A Fenaban novamente frustra as expectativas dos trabalhadores e da sociedade".
Agora, mais do que nunca, os bancários devem ampliar a paralisação para forçar a apresentação de uma proposta decente. A força do Comando na mesa de negociação é diretamente proporcional ao nível de adesão.
Os bancários têm participado. Nesta quarta-feira (21/10), mais de 12,5 mil agências ficaram fechadas em todos os 26 estados do país mais o Distrito Federal. Na Bahia, a paralisação chegou em 1.079 unidades.
Mas, a batalha tem de ser em todas frentes, inclusive virtual. "Temos de atuar também nas redes sociais com a Hashtag #ExploracaoNaoTemPerdao", reforça o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. E nesta quinta-feira (22/10), às 14h, mesmo horário da negociação, tem tuitaço. Participe.
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