Mesmo com lucro de mais de R$ 36 bilhões no primeiro semestre de 2015, os bancos oferecem reajuste salarial de 5,5% mais abono no valor de R$ 2,5 mil. Os bancários revindicam 16% (aumento real de 5,7%).
O índice não chega nem perto da inflação do período, de 9,88%. Portanto, representaria perda de 4%. Uma mostra do descaso do setor mais lucrativo da economia com os trabalhadores.
Sobre a PLR, a Fenaban quer manter os mesmos moldes do ano passado. A categoria pede Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 7.246,82 de parcela fixa adicional.
O piso de ingresso para o caixa e o escriturário sairia dos atuais R$ 1.638,62 para R$ 1.728,74, apenas R$ 89,92 a mais. Os bancários querem R$ 3.299,66, o valor definido pelo Dieese. Para o vale-refeição, a proposta é passar de R$ 26,00 para R$ 27,43. Aumento de R$ 1,43. Uma verdadeira piada.
A Fenaban também não deu respostas sobre os itens de emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.
Com tanto descaso, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, avisa. "Com essa proposta não resta outra alternativa a não ser cruzar os braços. O que os bancos fazem é um desrespeito com todo o conjunto da sociedade".