Foi preciso cinco rodadas de negociações e intensos debates para a Fenaban informar ao Comando Nacional dos Bancários que só vai apresentar uma proposta para as reivindicações da campanha salarial em 25 de setembro.
A atitude mostra o total descompromisso da Federação Nacional dos Bancos em resolver os problemas enfrentados pelos trabalhadores no dia a dia das agências. Tanto que negou praticamente todas as demandas. Na última mesa, nesta quarta-feira (16/09), em São Paulo, não foi diferente.
A Fenaban não falou sobre o reajuste salarial de 16%. Sinalização apenas para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Mas, nada do que a categoria reivindica.
A proposta é manter o atual modelo corrigindo apenas os tetos e a parcela fixa. Muito pouco. As demais cláusulas econômicas também ficaram sem resposta.
Se os bancos pensam que vão conseguir cansar os bancários, estão muito enganados.O posicionamento só fortalece a categoria, que prepara mobilizações.
Está mais do que na hora de a Fenaban parar de enrolar e tratar a campanha salarial com seriedade. Até porque todo mundo sabe que as demandas podem ser atendidas.
"Os bancos formam o setor mais lucrativo na economia. Nem mesmo o agravamento da crise financeira mundial e o aumento dos reflexos no Brasil reduziram os lucros", ressalta o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. Está certo. No primeiro semestre de 2015, o ganho ultrapassou os R$ 36 bilhões.
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