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Saiu na Imprensa

  29/07/2015 

Bancos brasileiros têm os maiores ganhos com crédito em seis anos

Ganho de 29,9 pontos percentuais é o maior desde janeiro de 2009 Ganho de 29,9 pontos percentuais é o maior desde janeiro de 2009
O chamado "spread" bancário, a diferença entre os juros que os bancos pagam para captar dinheiro e o que cobram para emprestá-lo, atingiu em maio 29,9 pontos percentuais nas linhas de crédito livre, que excluem financiamento de imóveis e rural.
 
É o maior patamar desde os 30,5 pontos percentuais de janeiro de 2009, quando o governo Lula comprou uma briga com os bancos brasileiros para reduzi-lo, sob o argumento de que eram os maiores do mundo.
 
Naquela época, os juros do governo (Selic) estavam em 12,75% —1 ponto percentual abaixo dos 13,75% atuais— e em processo de forte redução.
 
O mesmo discurso foi adotado no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que buscou derrubar os juros do mercado aumentando a concorrência através dos bancos públicos com taxas mais vantajosas. Segundo Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Ratings, o esforço ficou para trás.
 
"Essa política deliberada de os bancos públicos crescerem suas carteiras de empréstimos com juros menores acabou. Os "spreads" dos bancos públicos aumentaram, e esse é um componente importante do mercado. Os bancos públicos conseguiram ganhar mercado, mas os "spread" voltou a subir", diz.
 
Segundo especialistas, agora os bancos elevaram os ganhos nos empréstimos para se protegerem contra o possível aumento na inadimplência, o principal custo embutido nos "spreads", que virá com a queda na renda e no emprego, e a alta de impostos e inflação.
 
Para o economista Roberto Troster, especialista em crédito, a diferença seria ainda maior se o Banco Central não tivesse mudado sua metodologia para o cálculo, o que diminuiu o tamanho do ganho. Quando se consideram só os dados revisados, que vão até 2011, o "spread" de maio é o mais alto da série.
 
Segundo Santacreu, a alta do "spread" assimila também a elevação da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) dos bancos e possíveis medidas futuras do ajuste fiscal implementado pelo governo Dilma.
 
Para Miguel Oliveira, diretor de pesquisas da Anefac (associação dos executivos de finanças), o pessimismo em relação à economia tornou o indicador mais sensível às altas na taxa Selic.
 
A taxa de juros não só impacta no custo dos bancos para obterem dinheiro, como também influi na geração de emprego e renda, ou seja, na capacidade do tomador de empréstimo de pagá-lo.
 
"Em 2009, com o estouro da crise americana, via-se possibilidade de alta no desemprego, mas o cenário geral não era tão horrível", diz.
 
Para Oliveira, os bancos têm escolhido desde 2013 com mais cautela o destino de seus empréstimos. Ao mesmo tempo, empresas e pessoas físicas também têm sentido os sinais da economia e não estão pegando emprestado dinheiro que não têm certeza se poderão pagar.
 
Mesmo assim, a inadimplência das empresas nos empréstimos com recursos livres vem subindo desde dezembro e chegou a 4% em maio —em janeiro de 2009, estava em 2%, segundo o BC. A de pessoas físicas também tem subido desde dezembro e chegou a 5,4% no mês passado.
 
Procurada, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou que não iria comentar o assunto.
 
Fonte: Folha.com
Fonte: Portal Contec
Link: http://www.contec.org.br/index.php/contec-online/informes-anteriores-geral/368-julho-2015/14017-inf-15-1107-bancos-brasileiros-tem-os-maiores-ganhos-com-credito-em-seis-anos
Última atualização: 29/07/2015 às 09:38:42
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