A pressão para cumprir metas e o assédio moral constante podem levar a um quadro de ansiedade, dificuldades para dormir e de relacionamento e até síndrome do pânico e depressão. Os bancários sabem bem o que é isso.
Segundo a pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, a categoria é uma das mais vulneráveis. A rotina nas agências é dura, com cobrança exacerbada, e ambiente instável. O cenário é propício ao surgimento de doenças de cunho psicológico.
Dados da Previdência Social apontam que, em 2013, 9.630 trabalhadores do setor financeiro foram afastados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O número, no entanto, poderia ser bem maior, já que muitos benefícios são recusados.
Do total de afastamentos, 5.042 foram em decorrência de transtornos psicológicos. A exigência de metas é o principal o problema. "Caso o trabalhador não cumpra, pode sofrer discriminação, mais pressão, assédio moral e ficar na mira das demissões", explica Maria Maeno.
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