Na agenda de Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já consta reunião com o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda. Será no Rio de Janeiro, quinta-feira, 18 de junho. A pauta: ações de desenvolvimento regional do Nordeste.
É a busca por uma agenda em comum entre as duas instituições financeiras. Mas Marcos Holanda irá além disso. Quer tornar o BNB mais robusto, com mais recursos e novos projetos para a carteira da instituição financeira. Ele participou ontem da reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
“(O BNDES) É um parceiro natural e tradicional do banco. Sempre foi complementar. Vamos discutir o papel nessa lógica de fortalecer a Região Nordeste. O BNDES já tem linhas de repasses para o BNB. Vamos estudar potenciais reforços”, declarou Holanda, após a reunião.
A intenção do presidente do BNB é também retomar grandes INVESTIMENTOS no setor de energia, restrição que havia sido imposta pelo Governo Federal para que o BNDES pudesse tomar a dianteira desse tipo de investimento. O potencial é a energia solar. Para Holanda, o contexto é outro e as ações devem ser também.
“O banco não foi totalmente excluído (de FINANCIAMENTOS para energia). Pode financiar projetos para consumo próprio, com percentual para ser revendida. A energia solar pode ser um fato novo. Está ganhando escala e sendo mais acessível. Tem base industrial e consumo residencial também. O contexto mudou, porque então o banco não voltar a financiar projetos nessa área?”, questionou.
Médias na mira
O Governo Federal havia determinado também o foco do BNB para micro e pequenas empresas, o que Marcos Holanda afirma permanecer sendo a missão do banco. Contudo, ressalta que não se pode eternizar o empreendedor como micro ou pequeno. O empenho deve ser para torná-lo médio e que continue buscando crescer com recursos do Bando do Nordeste.
“Dois pontos que precisam ser lembrados. Primeiro que existe a média empresa, que é fundamental nesse processo de desenvolvimento. O grande sucesso, o teste de fogo, inicialmente, formalizá-lo. Depois, é torná-lo médio”, defendeu.
Para isso, deverá ser feito um diagnóstico, para entender as demandas e estimular a interação da média com a pequena. “Tem que olhar toda a cadeia do processo. Não imaginar que são setores estanques que não devem se comunicar”.
Demanda industrial
O presidente da Fiec, Beto Studart, comandou a reunião. A indústria demanda do BNB mais linhas de créditos específicas e uma pressão maior junto ao Governo Federal em buscar benefícios e vantagens competitivas.
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