Bancada do Piauí vai exigir do Governo Federal que a presidência da Codevasf em troca da presidência do BNB perdida
O governador Wellington Dias (PT) e a bancada do Estado no Congresso Nacional decidiram, na manhã de segunda-feira, exigir do Governo Federal a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) em compensação pela exoneração pela presidente Dilma Rousseff do presidente do Banco do Nordeste (BNB), Nelson Souza.
A decisão foi tomada na reunião da bancada do Piauí no Congresso Nacional com os prefeitos na Associação Piauiense dos Municípios (APPM). O deputado federal Átila Lira (PSB) considerou a exoneração de Nelson Souza um descaso com relação ao Piauí.
O governador Wellington Dias disse que o Piauí lamenta a perda, mas caberá a bancada resolver o problema.
“Nesse momento ocorre um entendimento, via bancada em Brasília. Acredito que deverá ocorrer uma compensação via Codevasf”, falou Dias.
Wellington Dias lamentou que a saída de Nelson Souza tenha ocorrido mesmo depois da bancada do Nordeste ter assinado um documento pedindo a permanência dele, que é de São Paulo, mas teve uma carreira no Piauí como executivo da Caixa Econômica Federal (CEF).
“Nesses últimos anos ele conseguiu feitos que nenhum outro presidente do Banco do Nordeste conseguiu. A bancada assinou o documento, eu assinei, mas não foi possível. Respeitamos a decisão da presidente Dilma, mas lamentamos”, disse Nelson Souza.
A indicação do nome para a Codevasf deverá ser da cota do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira.
Assis Carvalho afirma que a saída de Nelson Souza da direção do Banco do Nordeste não deve ser vista como o fim do mundo.
“Apesar do Nelson ser meu amigo pessoal, não posso falar que ele estava ali porque a bancada do Piauí indicou. A mesma coisa ocorre com seu substituto, Marcos Holanda, ele não é indicado do Ceará, mas do PMDB. O aliado pediu e a presidente atendeu”, falou Assis Carvalho.
Wellington Dias declarou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, assegurou a liberação de contratos de empréstimos feitos pelo Piauí, que já estavam em andamento, mas estavam paralisados.
Segundo Dias, Joaquim Levy autorizou a continuidade dos empréstimos junto ao Banco do Brasil (BB), R$ 370 milhões, e junto ao Banco Mundial (Bird), no valor de US$ 900 milhões, para obras estruturantes nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
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