O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu nesta quinta-feira (7), representantes do Fórum de Combate à Terceirização. Acompanhado dos senadores Rose de Freitas (PMDB-ES), Paulo Paim (PT-RJ) e Ana Amélia (PP-RS), o movimento integrado por centrais sindicais, estudiosos e entidades de classe - como a Associação Latino Americana de Juízes do Trabalho (ALJT) e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) - pediu a Renan que seja feita uma discussão profunda, no Senado, do projeto que regulamenta a terceirização.
Integrantes do Fórum disseram ao presidente que o projeto, aprovado pela Câmara e ora em discussão Senado, não resolve a situação dos trabalhadores terceirizados e representa um processo de desconstrução dos direitos trabalhistas. O movimento pediu para participar da sessão temática, que vai discutir o tema no plenário do Senado no dia 19 de maio.
Renan explicou que o projeto que regulamenta a terceirização será debatido detalhadamente no Senado. Renan enfatizou que a matéria passará pela análise de quatro comissões temáticas e não será votada de forma apressada.
- É evidente que o assunto divide opiniões. Nosso propósito é contribuir com a regulamentação, mas colocaram coisas demais, virou um ‘liberou geral’ em relação à regulamentação da atividade fim. E aí o resultado é a precarização do trabalho, a diminuição dos salários. Temos que respeitar a velha senhora, que é a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Não dá para concordar com um novo modelo de desenvolvimento econômico do país baseado na retirada de direitos trabalhistas - advertiu Renan.
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