O economista Marcos Holanda, professor do Departamento de Economia Aplicada da Universidade Federal do Ceará (UFC), está cotado para assumir a Presidência do Banco do Nordeste (BNB). O nome dele foi levado ao Palácio do Planalto pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, a quem Marcos assessorou na última campanha ao Governo do Ceará. Ao O POVO, na manhã deste sábado, Marcos não negou a informação, mas não quis comentar.
O nome de Marcos não encontra resistências no Governo. Ele tem boa relação com o ministro Joaquim Levy e é colega de turma do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, com quem estudou no Doutorado em Economia na Universidade de Illinois (EUA), em 1993. A indicação de Marcos foi publicada na Coluna do jornalista Ilimar Franco, do O Globo.
Marcos é economista pela Universidade de Fortaleza (1984), engenheiro civil pela UFC (1983) e mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas-RJ (1987). Hoje é pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Professor Titular da UFC. Foi fundador e primeiro diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceara (Ipece). No Currículo Lattes dele, se apresenta com experiência na área de Economia, com ênfase em Balanço de Pagamentos; Finanças Internacionais, Finanças Públicas atuando principalmente nos seguintes temas: Inflação, Taxa de Cambio, Desenvolvimento Econômico, Comércio Internacional e Economia do Setor Público.
A ser confirmada a ida de Marcos Holanda para a Presidência do BNB, o Governo Dilma estará abrindo mão de Nélson Antônio de Souza, um nome com perfil técnico, porém, amparado na política pelo PT. Nélson é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal. Veio para o BNB como diretor em julho de 2012, em fase de extremo desgaste no Banco, por conta de uma série de fraudes cometidas por gerentes e uma lista de operações suspeitas com aval de diretores da gestão anterior. Foi efetivado presidente em julho de 2014.
No balanço de 2014, apresentou resultados recordes, com um crescimento de 107% do lucro líquido em relação a 2013. Também anunciou investimentos na área de planejamento do Banco, um dos alvos de críticas. Anunciou ainda abertura de concurso público para mestres e doutores a compor o escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). Outra marca é a aposta na capilaridade. Planeja abrir mais 35 agências no Nordeste este ano, chegando a 152 até o final de 2015.
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20/04/2015
