A comparação entre outubro e setembro mostrou estabilidade na produção de intermediários e na de bens de capital, já com ajustes sazonais. Na mesma base de comparação, a produção de bens de consumo duráveis caiu 0,8% e a de bens de consumo semi e não duráveis recuou 0,6%.
Em relação a outubro de 2013, a produção de bens de capital recuou 11,4%, a de bens intermediários caiu 2,8%, ao passo que a produção de bens de consumo duráveis cedeu 9,4% e a de bens de consumo semi e não duráveis diminuiu 0,1%.
No acumulado do ano até setembro, a produção de bens de capital caiu 8,8%, a de bens intermediários recuou 2,5%, enquanto a de bens de consumo duráveis caiu 9,6%, e a dos bens de consumo semi e não duráveis avançou 0,2%.
Nos 12 meses encerrados em setembro, a produção de bens de capital caiu 6,9%, a de bens intermediários recuou 2,2%, enquanto a de bens de consumo duráveis caiu 8,5%, e a dos bens de consumo semi e não duráveis avançou 0,1%.
Segmentos
Apesar da estabilidade na produção industrial em outubro, na comparação com setembro, houve predominância de atividades em queda na produção. Segundo os dados apurados pelo IBGE, 16 das 24 atividades diminuíram a produção. As principais quedas ocorreram em produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-9,7%), e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,2%). Também recuaram produtos de minerais não metálicos (-2,1%), produtos de borracha e material plástico (-1,7%), couro, artigos de viagem e calçados (-3,2%), produtos do fumo (-6,2%) e bebidas (-1,3%).
Dos seis ramos que aumentaram a produção em outubro, produtos alimentícios, com alta de 2,5% foi o de maior relevância. Outros resultados positivos foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,9%) e outros equipamentos de transporte (5%).
Na comparação de outubro com igual mês do ano passado, o perfil de resultados negativos foi ainda mais disseminado, com recuo em 23, das 26 atividades pesquisadas pelo IBGE. A atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias foi a que teve maior impacto negativo, e recuou 16,5%.
Produtos de metal (-13,9%), metalurgia (-8,3%), máquinas e equipamentos (-8%), outros produtos químicos (-5,7%), máquinas, equipamentos e outros materiais elétricos (-6,5%), e produtos de minerais não metálicos (-4,6%) também contribuíram para o recuo de 3,6% na produção industrial em outubro, na comparação interanual.
Entre os três ramos que tiveram desempenho positivo nesta base de comparação, o destaque ficou com indústrias extrativas, com alta de 6,4%. E coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 6,3%.