A Contraf-CUT e seus sindicatos demonstraram mais uma vez que subordina a campanha salarial dos bancários aos interesses do governo e dos bancos. Depois de levar a campanha no banho-maria o mês de setembro praticamente inteiro, a Contraf não esperou nem o final do primeiro turno das eleições para propor a aceitação de um acordo rebaixado.
Apesar dos lucros exorbitantes e das perdas salariais dos bancários, o reajuste de 8,5% e o compromisso de contratação de 5300 bancários até 2015 pelos bancos federais (BB, Caixa e BNB) foi o suficiente para o Comando Nacional de Negociação indicar a aceitação do acordo.
O que está por trás de um desfecho de greve tão rápido é a preocupação com a eleição dos seus aliados. Eles queriam ficar livres da campanha salarial para pedir votos com mais tranquilidade. Desta forma, abriram mão de buscar um reajuste maior e conquistas importantes para categoria como isonomia e mais contratações.
O SEEB-MA reafirma a necessidade de construir sindicatos autônomos dos patrões e do governo que tenham o referencial na ação direta da classe trabalhadora para enfrentar os desafios colocados para as próximas lutas.
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